Bruxelas propõe regras mais apertadas e evitar viagens não essenciais na UE
Covid-19
25 de jan. de 2021, 16:09
— Lusa/AO Online
“À
luz das novas variantes do coronavírus e do elevado número de novas
infeções em muitos Estados-membros, é necessário desencorajar fortemente
as viagens não essenciais, evitando ao mesmo tempo o encerramento de
fronteiras ou proibições generalizadas de viagens e assegurando que o
funcionamento do mercado único e das cadeias de abastecimento permaneça
ininterrupto”, defende o executivo comunitário numa informação
divulgada.Por essa razão, o executivo
comunitário propõe aos Estados-membros uma “ação mais orientada
para assegurar uma abordagem coordenada sobre medidas restritivas da
livre circulação dentro da UE”, que passa por introduzir “uma
atualização do código de cores acordado para a cartografia das áreas de
risco”, bem como “medidas mais rigorosas aplicadas aos viajantes
provenientes de zonas de maior risco”.Em
concreto, isto significa juntar ao existente sistema de semáforos sobre a
propagação da Covid-19 na UE a cor vermelho-escuro, que passa a ser
usada para zonas onde o vírus está a circular a níveis muito elevados,
isto é, com uma taxa de notificação de novas infeções é superior a 500
por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.Aquele
que é um sistema de semáforos sobre a propagação da Covid-19 na UE,
começa no verde (situação favorável), passando pelo cinzento, laranja e
chegará agora ao vermelho escuro (situação muito perigosa), já superior
ao máximo atual, o vermelho.Esta avaliação será feita com base nos mapas do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa).Para
as pessoas que tiverem mesmo de viajar por razões essenciais – como
profissionais, familiares ou médicas – a partir destas zonas, terão de
fazer um teste antes da partida ou à chegada a outro país da UE e fazer
quarentena no local de destino.Ainda
assim, estão previstas exceções para quem vive em regiões fronteiriças
ou tem de atravessar frequentemente a fronteira por razões familiares ou
de trabalho, prevendo-se ainda a introdução de ‘faixas verdes’ para
assegurar o fluxo de bens e o funcionamento da cadeia de abastecimento.Além
destas regras para viagens, e dado o número muito elevado de novas
infeções, o executivo comunitário sugere, como recomendado pelo ECDC,
que os Estados-membros avancem com restrições mais rigorosas como
“medidas de permanência em casa e o encerramento temporário de certas
empresas”.No que toca às viagens
internacionais para a Europa, a Comissão Europeia propõe também
“salvaguardas e requisitos adicionais”, que assentam em “critérios
atualizados tendo em conta a taxa de testes, a positividade dos testes e
a deteção de variantes preocupantes ao decidir sobre a aplicação de
restrições a viagens não essenciais para a UE a um país específico não
pertencente à UE”.Assim sendo, o executivo
comunitário quer testes PCR obrigatórios até 72 horas antes da partida
de um país de fora da UE para qualquer Estado-membro combinados com
quarentena e rastreio, medidas mais restritas para onde forem detetadas
variantes do SARS-CoV-2 e ainda a criação de um Formulário Europeu Comum
de Localização de Passageiros.Caberá
agora ao Conselho da UE, onde estão representados os Estados-membros,
dar ‘luz verde’ a estas propostas, anunciadas já na passada quinta-feira
pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no final de
uma cimeira de líderes por videoconferência.No encontro, foi decidido manter as fronteiras internas da UE abertas e apertar as medidas.