Bruxelas propõe cortes nas capturas de pescada, carapau e linguado em 2022
3 de nov. de 2021, 15:04
— Lusa/AO Online
A proposta de totais
admissíveis de capturas (TAC) apresentada por Bruxelas para o
Atlântico (e águas de Kattegat e Skagerrak, junto ao Mar do Norte), com
base nas quais os ministros das Pescas da UE deverão adotar uma decisão
final em dezembro próximo, incluem unidades populacionais (‘stocks’)
sujeitas ainda a negociações com países terceiros, como o Reino Unido e a
Noruega.Em sensivelmente metade dos
‘stocks’ (11), a Comissão Europeia, com base em pareceres científicos,
propõe cortes nas capturas admissíveis, incluindo de quatro espécies em
águas territoriais portugueses, designadamente pescada (-18%), carapau
(-16%), linguado (-15%) e escamudo (-10%).Em
contrapartida, Bruxelas propõe para as águas nacionais um aumento dos
totais admissíveis de capturas de tamboril (+5%) e areeiro (+13%).Relativamente
a quatro unidades populacionais, a Comissão Europeia delega a decisão
sobre os TAC aos Estados-membros, incluindo a pesca de carapau nas águas
das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Ainda
com interesse particular para Portugal, o executivo comunitário aponta
que aguarda pareceres científicos para adotar as propostas de capturas
para a anchova e lagostim em águas territoriais nacionais.As
possibilidades de pesca para as frotas comunitárias para 2022 serão
fixadas em definitivo pelos ministros das Pescas, na reunião prevista
para 13 e 14 de dezembro próximo, e entrarão em vigor a 01 de janeiro
de 2022.