Bruxelas proíbe empresas chinesas de participar em concursos públicos de produtos médicos
20 de jun. de 2025, 17:30
— Lusa/AO Online
O executivo comunitário também não permitirá mais de 50% de insumos da China nas licitações vencedoras.Bruxelas
tomou esta decisão, que entrará em vigor a 30 de junho, após uma
investigação iniciada em abril do ano passado sobre as restrições que a
China impõe às empresas europeias e após ter obtido a aprovação dos
países da União Europeia (UE).A exclusão
afetará todos os tipos de artigos médicos, desde máscaras a produtos
farmacêuticos ou de higiene pessoal, dispositivos para radioterapia ou
instrumentos para veterinária.Fontes
comunitárias garantiram que, apesar deste veto e da importância da China
neste mercado, é “pouco provável” que haja falta de fornecimento de
produtos médicos na UE devido à existência de alternativas “fortes” de
diversificação, tanto no próprio mercado interno como em países
terceiros.Os serviços de saúde poderão
comprar produtos chineses em casos excecionais, se for “absolutamente
necessário”, indicaram as fontes.De acordo
com os cálculos da Comissão, a medida afetará 60% do valor dos
concursos públicos de produtos médicos e 4% dos concursos.A
Comissão tomou esta decisão após verificar que 87% dos concursos
públicos de produtos médicos na China estão sujeitos a “medidas
discriminatórias” contra empresas europeias ou contra bens fabricados na
UE.“O nosso objetivo com estas medidas é
criar condições de igualdade para as empresas da UE. Mantemos o nosso
compromisso de dialogar com a China para resolver estes problemas”,
afirmou o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic.