Bruxelas já explicou às autoridades regionais como ativar Fundo de Solidariedade

22 de out. de 2019, 09:21 — Lusa/AO Online

Falando em nome do executivo comunitário no Parlamento Europeu, no debate sobre as tempestades na Europa, o comissário para a Segurança da União Europeia declarou que a Comissão está “bem ciente” do impacto do furacão “Lorenzo” nos Açores e transmitiu a simpatia da instituição “para todos aqueles que foram afetados” por aquele “evento meteorológico”.“Na realidade, os serviços da Comissão já tiveram reuniões com as autoridades dos Açores para explicar as condições e os procedimentos que ativam o Fundo de Solidariedade da União Europeia”, revelou. O executivo comunitário está presentemente a analisar “juntamente com as autoridades portuguesas a melhor maneira de apoiar a recuperação dos danos causados”, acrescentou.Julian King ressalvou que a passagem do furacão "Lorenzo" pelos Açores é considerada um desastre regional, pelo que a ajuda providenciada pelo Fundo de Solidariedade da União Europeia pode alcançar um máximo de 2,5% dos “estragos totais diretos”.O comissário notou ainda que os fundos estruturais e de investimento europeus podem intervir para ajudar “com algumas ações de recuperação”, nomeadamente nas relacionadas com o setor agrícola. “Estamos preparados para ajudar aqueles afetados por estes eventos”, disse, referindo-se em particular ao furacão “Lorenzo” e às chuvas torrenciais em Espanha.A passagem do furacão "Lorenzo" pelos Açores, na madrugada e manhã de dia 02 de outubro, provocou mais de 250 ocorrências e obrigou ao realojamento de 53 pessoas, causando prejuízos de cerca de 330 milhões de euros.O Governo vai pagar 85% dos estragos causados pela passagem do furacão "Lorenzo" e agilizar os procedimentos para recuperar as infraestruturas destruídas, anunciou hoje o presidente do executivo regional, Vasco Cordeiro, indicando que o Governo dos Açores irá assegurar os outros 15%.Assim, o Governo central deverá contribuir com cerca de 270 milhões de euros e o Governo regional com 50 milhões. Além desta comparticipação entre os dois governos, foi anunciado que também vai ser acionado o Fundo de Solidariedade da União Europeia, que cobre apenas 2,5% dos estragos identificados, correspondente a oito milhões de euros.