Bruxelas disponível para ajudar setor agroalimentar a enfrentar taxas aduaneiras dos EUA
22 de nov. de 2019, 13:13
— Lusa/AO Online
Segundo
uma carta do comissário europeu Phil Hogan para o ministro francês da
Agricultura, Didier Guillaume, e a que a Lusa teve acesso, Bruxelas
sublinha que a política de promoção de produtos agroalimentares em 2020
aprovada na segunda-feira prevê “uma taxa de cofinanciamento de 80%” por
parte da União Europeia (UE) nas campanhas de promoção que visem
“garantir a sua posição no mercado americano ou permitir a
diversificação dos mercados de exportação”.Concretamente
para o setor vitivinícola, Hogan prevê uma “maior flexibilidade na
aplicação e gestão de campanhas promocionais no quadro dos programas
nacionais de ajuda ao setor, para todos os operadores envolvidos em
todos os Estados-membros”.Assim, Bruxelas
adianta que irá propor que os Estados-membros possam autorizar os
operadores que o desejem a alterar os mercados de destino das campanhas
de promoção já aprovadas.Por outro lado, o horizonte das operações de promoção poderá ser alargado além dos cinco anos previstos.Na
segunda-feira, a ministra da Agricultura de Portugal, Maria do Céu
Albuquerque, manifestou, em Bruxelas, preocupação com o impacto das
taxas sobre exportações de queijo açoriano para os Estados Unidos, num
encontro com Phil Hogan.“Tive a
oportunidade de chamar a atenção para o problema do agravamento das
taxas aduaneiras, que advém do conflito comercial com a Airbus” que
afeta “em concreto a exportação que se faz a partir dos Açores do queijo
de S. Jorge” para os Estados Unidos, disse então aos jornalistas.A
ministra adiantou ter pedido ao comissário “que haja uma posição
conjunta, que garanta as melhores condições para que esta situação possa
ser ultrapassada" e não se colocar "em causa um fator tão importante
para o desenvolvimento da balança comercial".