Bruxelas atribui 171 ME a cinco países para reforçar capacidade de acolhimento
Migrações
3 de ago. de 2022, 14:37
— Lusa/AO Online
Este
financiamento destina-se a projetos de apoio aos sistemas de
acolhimento, asilo e regresso de migrantes nos cinco Estados-membros,
informou o executivo comunitário, em comunicado.A
atribuição deste valor resulta de um concurso aberto no início de 2022
para financiar projetos nos países da União Europeia (UE) sob pressão
migratória, acrescentou a mesma nota informativa.Concretamente,
a ajuda a Espanha será dedicada a reforçar a capacidade do sistema de
acolhimento em Ceuta e nas ilhas Canárias, “ajudando a mitigar a
sobrecarga de capacidade de acolhimento causada pelo aumento da pressão
migratória”, explicou a Comissão.Por seu
lado, a ajuda ao Chipre incidirá na construção de um centro de
alojamento na zona de Menoyia, em Larnaka, e a de Itália pretende um
reforço da capacidade do sistema em todas as fases de acolhimento, para
proteger e cuidar das crianças e mulheres refugiadas mais vulneráveis.Além
disso, o apoio financeiro a organizações internacionais na Grécia visa
contribuir para melhorar a qualidade da assistência e proteção aos
requerentes de asilo, concentrando-se especialmente nas pessoas em
situação de vulnerabilidade e no apoio à educação de crianças refugiadas
em idade escolar.Por último, na Polónia, a
ajuda foi concedida à Organização Internacional para as Migrações (OIM)
para melhorar a assistência direta e os procedimentos de regresso dos
migrantes e refugiados ao país de origem.Espanha,
Grécia, Itália e Chipre são os chamados países da “linha da frente” ao
nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa, enquanto a Polónia
foi o Estado-membro da UE que maior número de refugiados ucranianos
recebeu na sequência da invasão russa.A
Comissão indicou que poderão ser abertos novos concursos no âmbito do
orçamento de 2023 do Fundo de Asilo, Migração e Integração.Este
fundo, que visa aumentar as capacidades nacionais e melhorar os
procedimentos de gestão da migração, bem como aprofundar a solidariedade
e a partilha de responsabilidades entre os Estados-membros, conta com
9.900 milhões de euros para o período 2021-2027.