Bruno de Carvalho questiona ação da justiça em relação às claques
3 de abr. de 2018, 17:26
— Lusa/AO online
No
segundo painel do dia, dedicado à justiça e à violência no desporto e
no qual estiveram representantes do Conselho Superior da Magistratura,
do Ministério Público, da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda
Nacional Republicana (GNR), o líder ‘leonino' visou de forma implícita o
Benfica, a ligação a claques não legalizadas e a aparente inação
judicial."Há
uma investigação que demorou quase um ano, séria, que teve por base a
audição de comandantes da polícia e onde foi verificado claramente o
apoio de um clube a uma claque ilegal. E a verdade é que [o processo]
foi arquivado", afirmou, citando a entrada de artefactos pirotécnicos em
recintos desportivos como o exemplo da prática de um crime.Na
mesma linha de argumentação, Bruno de Carvalho – numa sessão que já não
contou com a presença do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que
esteve presente apenas de manhã - referiu a existência de tarjas
ofensivas no interior de recintos desportivos, criticando a suposta
conivência entre clube e autoridades."Temos
tarjas em campos de futebol e em pavilhões - em que a desculpa dada
pelo clube é que a polícia não as foi retirar - e estamos a falar de
tarjas como ‘Foi no Jamor que o lagarto ardeu, foi o very-light?’ e não
vou dizer o resto. O presidente desse clube disse que não pode fazer
nada porque foi a própria polícia que disse que a intervenção não podia
ser feita", frisou.Após
manifestar o seu contentamento por saber que "o Ministério Público quer
estar cada vez mais perto da realidade desportiva", Bruno de Carvalho
lembrou ainda o caso do adepto italiano morto nas imediações do Estádio
da Luz, em abril de 2017."Temos
situações em que um adepto é morto e logo de seguida aquilo que é dito é
o que é que estava o adepto ali a fazer. Temos situações de tochas
enviadas para cima de crianças e idosos num jogo", resumiu, até que foi
interrompido pelo moderador do debate. A situação gerou alguma tensão e a
palavra acabou mesmo por ser retirada ao presidente do Sporting.