Brasil com 2.462 mortes e 38.654 casos confirmados
Covid-19
20 de abr. de 2020, 12:45
— Lusa/AO Online
De
acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde
brasileiro, morreram nas últimas 24 horas mais 115 pessoas, enquanto no
sábado foram registadas mais 206 vítimas. Da mesma forma, o número de novos infetados este domingo foi de 2.055, enquanto no sábado tinha sido de mais 2.917. O estado de São Paulo continua a ser o mais afetado do Brasil, tendo ultrapassado este domingo as mil mortes.São
Paulo tem agora um total de 1.015 mortes contabilizadas desde o inicio
da pandemia, seguido do estado do Rio de Janeiro, com 402, Pernanbuco,
com 216, Ceará (186)e Amazonas (182), ainda de acordo com os dados
divulgados pelo Ministério da Saúde. O
novo ministro da Saúde do Brasil, o oncologista Nelson Teich, assumiu na
sexta-feira o cargo, substituindo o ortopedista Luiz Henrique Mandetta,
que foi demitido na quinta-feira pelo Presidente do país, Jair
Bolsonaro, devido a divergências na estratégia para enfrentar a pandemia
de covid-19, mais concretamente na questão do isolamento social. Enquanto
Mandetta seguia orientações científicas e defendia firmemente a
necessidade de isolamento social para impedir a propagação do vírus,
Jair Bolsonaro, por outro lado, insiste que as pessoas devem voltar ao
trabalho e que a economia deve ser reativada porque "o Brasil não pode
parar" por causa do que classificou como uma "gripezinha".Na
cerimónia de posse, em Brasília, Teich destacou que o eixo da sua
gestão será o povo, acrescentando que trabalhará em parceria com estados
e municípios para conter a covid-19."[Vamos]
acompanhar diariamente a evolução em cada estado e município, de como
está a evoluir a covid-19 e outros problemas que possam estar
relacionados com a saúde. Trabalharemos com os estados, com os
municípios, para que consigamos ter uma agilidade na solução dos
problemas que vão surgir”, afirmou o novo governante."O foco serão as pessoas. Não importa o que você faça, no final o que resta é o povo", acrescentou Teich.Na
cerimónia de tomada de posse do ministro, Jair Bolsonaro voltou a
defender a reabertura do comércio e das fronteiras e reconheceu que
corre o "risco" de ser responsabilizado caso a propagação do novo
coronavírus piore. "Essa luta para que se
comece a abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se piora [a
situação] tudo cai sobre mim. Agora, eu acho, e é algo que muita gente
já sabe, [o comércio] tem que abrir", defendeu o chefe de Estado.