BP paga de 25 milhões de dólares por fuga de crude no Alasca em 2006

De acordo com a AFP, os 25 milhões de dólares (16,8 milhões de euros) de multa, apresentada como a mais severa por uma situação de poluição nos Estados Unidos tendo em conta o número de barris derramados, faz parte de um acordo entre a BP, o Departamento norte-americano da Justiça e a Agência norte-americana do Ambiente (EPA). Em Março de 2006, a fuga de um oleoduto da BP Alasca tinha provocado o derrame de mais de cinco mil barris de crude na região árctica do norte daquele Estado norte-americano. A investigação concluiu que a fuga foi consequência directa de uma falha no controlo e manutenção do oleoduto. “Esta multa deverá servir de alerta a todos os exploradores de oleodutos, que serão tidos como responsáveis pela segurança das suas actividades”, afirmou Ignacia Moreno, no Departamento de Justiça. Além da multa, a BP deverá “desenvolver um sistema global de gestão de segurança nos seus 2.500 quilómetros de oleodutos no norte do Alasca”, o que tem um custo estimado de 60 milhões de dólares (40,4 milhões de euros). A estes valores acrescem os 200 milhões de dólares que a BP Alasca já pagou para substituir os tubos danificados na origem da fuga, esclarece o comunicado das autoridades norte-americanas. Em Abril do ano passado, a BP esteve também na origem da pior maré negra da história dos Estados Unidos, depois da plataforma Deep Horizon ter explodido e naufragado no Golfo do México. No acidente, morreram 11 pessoas e milhões de barris de crude foram derramados para o oceano.