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Bombardeiro B-2 Spirit faz escala e ‘hot pit’ na Base das Lajes

Um dos mais evoluídos aviões de combate do mundo realizou um reabastecimento com os motores em funcionamento (hot pit), realçando a importância da base militar açoriana


Autor: Rui Jorge Cabral

Um bombardeiro B-2 Spirit da Força Aérea dos Estados Unidos da América (EUA) fez esta semana pela primeira vez uma escala na Base das Lajes, na ilha Terceira, onde realizou um reabastecimento com os motores em funcionamento, o chamado ‘hot pit’, no que foi considerado pela Embaixada norte-americana em Portugal como um sinal de “forte parceria” e uma “importante demonstração de cooperação ao nível da NATO”, realçando a importância que a base militar açoriana continua a ter.


O bombardeiro B-2 Spirit é um dos aviões de combate mais evoluídos do mundo, não só pelo seu aspeto futurista, mas sobretudo pela capacidade que tem de voar sem ser detetado pelas defesas antiaéreas inimigas.


O bombardeiro B-2 Spirit realizou nos Açores um reabastecimento com os motores em funcionamento, num processo delicado, que exige grande coordenação e forte segurança, mas que tem a grande vantagem de poder ser realizado com a menor perda de tempo possível, permitindo ao avião fazer várias saídas com rapidez, o que é essencial em situações de combate. Testar este procedimento é, por isso, muito importante.

 
A Embaixada dos EUA em Portugal sublinhou em comunicado que “este raro acontecimento sublinhou a firme dedicação dos Estados Unidos e de Portugal em dissuadir potenciais ameaças e reforçar a Aliança da NATO”, servindo ainda “como testemunho dos laços duradouros desta parceria internacional vital”.

 
Após o procedimento de reabastecimento ‘hot pit’, nas Lajes, o bombardeiro B-2 Spirit voltou para a Base Aérea de Whiteman, no Estado do Missouri, após ter estado um mês na Base Aérea de Keflavik, na Islândia.

 
Citado no comunicado da Embaixada dos EUA em Portugal, o tenente-coronel Andrew Kousgaard, comandante do 393.º Esquadrão Expedicionário de Bombardeios, afirmou que “o reabastecimento ‘hot pit’ é um fator diferenciador”, uma vez que “alivia a pressão sobre uma frota de navios-tanque sobrecarregada, ao oferecer a hipótese de reabastecer no solo e aproveitar as capacidades dos nossos Aliados e parceiros”.

 
O tenente-coronel Andrew Kousgaard explicou ainda que este procedimento “também reduz o risco de mau funcionamento de aeronaves e a quantidade de tempo despendido no solo, porque, com equipamentos e tripulações devidamente certificados, podemos abastecer com o combustível de que necessitamos sem desligar a aeronave.”

 
A Embaixada dos EUA em Portugal refere ainda em comunicado que “a capacidade das forças armadas e do equipamento norte-americano para colaborarem harmoniosamente com Aliados e Parceiros é fundamental no estabelecimento de uma rede alargada de alianças e parcerias capazes de enfrentar de forma decisiva os desafios multifacetados de hoje e do futuro”.

 
Citado no comunicado da Embaixada dos EUA em Portugal, o tenente-coronel Andrew Kousgaard concluiu, sublinhando “a importância da interoperabilidade com os Aliados e da utilização dos recursos das nações parceiras para operações de reabastecimento”.