Autor: Nuno Martins Neves
“Vejo com satisfação: todas as nossas previsões estão
asseguradas, com base nesta proposta de OE, pelo que não compromete a
anteproposta. Mas insatisfeito, pois é mais um orçamentoque é
apresentado sem o enquadramento da revisão da LFR justa”, afirmou o
social-democrata, em declarações aos jornalistas, à margem de uma ação
de campanha do PSD em Ponta Delgada.
Bolieiro não se “conforma” com
transferências extraordinárias, como a de 150 milhões de euros,
dedicadas para a execução dos fundos comunitários: “Porque na verdade, o
que nós queremos é garantia justa do compromisso do Estado para com o
desenvolvimento dos Açores, para a coesão social e territorial e a
compensação do valor a que os Açores acrescentam a Portugal”.
Questionado
se esta transferência extraordinária evitará que o governo açoriano
recorra a um empréstimo da mesma valia, Bolieiro respondeu que o
objetivo do seu executivo é “otimizar os fundos do PRR e do Açores2030”,
não fechando a porta a recorrer à banca para esse efeito.
Quinta-feira foi
divulgado que o próximo Conselho de Ministros, do dia 30, contará com a
presença dos presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira.
Bolieiro diz que levará um dossier onde estarão as compensações
indemnizatórias aos pescadores, devido aos prejuízos pela implementação
da Rede de Área Marinha Protegida dos Açores, a solidariedade nacional
com a reconstrução do porto comercial das Lajes das Flores e do Hospital
do Divino Espírito Santo, bem como a revisão da LFR.