Bolieiro pede a Montenegro que dê prioridade à revisão da Lei de Finanças Regionais
Congresso Regional do PSD/Açores
27 de out. de 2024, 16:51
— Lusa
“A revisão da
Lei de Finanças das Regiões Autónomas é um processo complexo. E nós
queremos uma ampla e profunda revisão, mas sendo tudo isso, não tem de
ser nem lenta nem empatada. Desafiamos o presidente do PSD a assumir
este assunto como prioritário. Urgente, mesmo”, afirmou José Manuel
Bolieiro.O dirigente social-democrata e
presidente do Governo Regional açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM
falava hoje em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no encerramento do
26.º Congresso Regional do PSD/Açores, na presença de Luís Montenegro.Bolieiro
referiu que a autonomia de responsabilização que defende para os Açores
e para o país, “não separa”, mas antes “convoca o país e o Governo de
Portugal a assumir os seus compromissos com Portugal inteiro e com os
portugueses todos, mesmo os açorianos e os madeirenses”.“E
isso faz-se com coesão, entendimento, diálogo e competência. Valorizar a
autonomia política dos Açores e da Madeira é património histórico do
PSD, não é delegável, nem sequer um sonho que tenha terminado. (…) O
futuro só pode ser confirmado e confirmativo deste património”, referiu.O
líder social-democrata açoriano fez ainda um desafio a Luís Montenegro
quanto à orientação da revisão da Lei das Finanças Regionais.“Ela
é feita para adequar o financiamento das autonomias às necessidades de
desenvolvimento dos territórios e dos povos dos Açores e da Madeira, em
convergência com o desenvolvimento dos portugueses e do Portugal
inteiro, em assunção para vencer os desafios das sociedades
contemporâneas e para garantir que o Estado assume, através das
autonomias, as responsabilidades que tem para com todos os cidadãos do
país, designadamente e especialmente, em matérias de serviços de
educação e de saúde”, defendeu.Acrescentou
que o próximo Orçamento do Estado “pode e deve já iniciar este
processo, com diálogo, de satisfação justa às justas necessidades de
financiamento das regiões autónomas”: “Não me preocupa o instrumento,
preocupa-me o momento e a adequação e a justeza das soluções”.“Já
o fez, senhor primeiro-ministro, cumpridor, com o pagamento, que aqui
já disse, de 45 milhões de euros em dívida, desde 2021, relativa à
comparticipação da despesa com a recuperação da calamidade provocada
pelo furacão Lorenzo”, observou. Ainda
sobre a comparticipação dos danos causados pelo furação Lorenzo, lembrou
que o anterior primeiro-ministro, António Costa, lhe disse várias
vezes: "É verdade, tem razão, vamos resolver", mas apontou que passaram
os anos de 2022, 2023, 2024 e nada. "Em
seis messes, o senhor primeiro-ministro [Luís Montenegro] cumpriu. Eu
gosto de um Governo competente e cumpridor”, afirmou Bolieiro.