Bolieiro não renuncia mas suspende "simbolicamente" Câmara de Ponta Delgada

O presidente da Câmara de Ponta Delgada esclareceu que não vai renunciar ao cargo na autarquia, mas sim suspender o mandato, para se dedicar à liderança do PSD/Açores, apesar de admitir que a suspensão é definitiva.


Autor: Lusa/AO Online

José Manuel Bolieiro anunciou em janeiro que vai abandonar em 02 de março a presidência da maior autarquia dos Açores, mas não clarificou, na altura, se renunciava ou se suspendia o mandato.

“Simbolicamente (…) não se trata de um abandono da Câmara Municipal, por isso, não quero seguir a figura de renúncia, que, na prática, será”, disse o autarca.

O presidente da Câmara de Ponta Delgada falava aos jornalistas durante a conferência de imprensa de apresentação da iniciativa de homenagem à imprensa centenária.

José Manuel Boleiro disse ainda que, “nos termos da lei, uma suspensão de mandato depois, ao fim de um determinado período legalmente previsto [365 dias], se transforma numa renúncia”.

O autarca disse ainda aos jornalistas que, independentemente do resultado das eleições legislativas regionais, não tenciona retomar as suas funções na Câmara Municipal.

“A minha candidatura, enquanto líder do PSD, é a presidente do Governo, mas, em termos formais, é para fazer verificação de poderes como deputado (…) nem numa, nem noutra circunstância, se pode suspeitar que voltarei à Câmara Municipal”, afirmou.

José Manuel Bolieiro foi eleito em dezembro líder do PSD/Açores, eleição para a qual era o único candidato, com 98,5% votos.

O social-democrata sucede a Alexandre Gaudêncio, que se demitiu do cargo em 15 de outubro, depois de ter sido alvo de uma investigação da Polícia Judiciária por suspeita de violação de regras de contratação pública, de urbanismo e de ordenamento do território enquanto presidente da Câmara da Ribeira Grande.