Bolieiro fala em Orçamento de “esperança” e promete prioridade à Saúde nos Açores
Hoje 09:38
— Lusa/AO Online
“Um Orçamento de
determinação e de esperança. É oportunidade de prosseguir a modernização
das nossas ilhas. De reforçar a coesão. De qualificar as pessoas e
transformar o nosso modelo económico. A história olhará para este
momento”, afirmou Bolieiro nas intervenções finais da discussão do Plano
e Orçamento dos Açores para 2026, na Assembleia Legislativa, na Horta.O
líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) prometeu que vai estar do
“lado certo da história” numa altura em que os Açores podem ser um
“laboratório do futuro” e uma “fronteira avançada de Portugal no mundo”.“Raros
são os momentos em que uma região pode transformar-se estruturalmente.
Este é um deles. O Plano de Recuperação e Resiliência e o programa
Açores 2030 representam 550 milhões de euros para 2026”, vincou.Bolieiro
apontou a saúde como uma “prioridade inquebrantável” e justificou o
aumento do orçamento naquela área com a “modernização de hospitais e
centros de saúde”, a “contratação e valorização de profissionais”, a
“melhoria das condições de trabalho” e o “reforço das respostas nas
ilhas mais isoladas”.“Não há tema que mais
preocupe os açorianos do que a saúde. A saúde é sempre a mais urgente
das necessidades. Por isso, por conjunto dos anos de 2025 e 2026, o
orçamento da saúde foi aumentado em cerca de 100 milhões de euros. É
muito, e ainda assim, quiçá, insuficiente”.O
líder regional destacou o reforço dos programas de apoio à habitação
para um total de 66 milhões de euros, já que a “ausência de habitação
acessível ameaça a dignidade das pessoas” e “compromete os projetos de
vida dos jovens”.O presidente do Governo dos Açores admitiu, contudo, que em “nenhum momento é possível satisfazer os problemas de todos”.“Cabe
ao Governo Regional fazer as opções políticas de natureza orçamental,
com os condicionados recursos colocados à nossa disposição”, alertou.José
Manuel Bolieiro avisou, também, que “recusa permitir que a negatividade
de alguns paralise” o Governo Regional ou que a “divisão promovida por
alguns enfraqueça” o executivo.“A
continuidade de quem faz bem, assegura o bem-fazer. Ouvir dizer, de quem
fez menos, apesar do mais tempo que teve para fazer, que está tudo mal
agora, desmerece mais quem critica e enaltece, sobretudo, quem faz
melhor”, afirmou, dirigindo-se à bancada do PS.O
chefe do governo açoriano elencou ainda várias medidas aplicadas desde
que a coligação PSD/CDS-PP/PPM assumiu o poder em 2020 como a redução
fiscal, Tarifa Açores, a gratuitidade das creches ou o reforço do
complemento regional de pensão e do programa de aquisição de
medicamentos para idosos.“Os tempos que
vivemos são muito difíceis, mas às tempestades respondemos com
resiliência. À insularidade respondemos com identidade. Queremos os
Açores como um símbolo do futuro”, vincou.Os
terceiros Plano e Orçamento da legislatura preveem um investimento
público global de 1.191 milhões de euros, incluindo 990,9 milhões de
responsabilidade direta do Governo Regional, que apresentou como “grande
desiderato” a execução dos fundos comunitários, em particular do PRR.