Bolieiro fala em governo "de continuidade" com "pequenos ajustamentos"
1 de mar. de 2024, 15:01
— Lusa
“Nesta
nova composição do XIV Governo aponto para um exercício de
continuidade. Existem pequenos ajustamentos, mas o governo terá
praticamente todos os membros do governo que fizeram parte do XIII
Governo, a orgânica também tem meros ajustamentos. É, por isso, um
governo e uma governação de consistência e de continuidade”, afirmou
José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas.O
líder do PSD/Açores e da coligação PSD/CDS/PPM, que venceu as eleições
legislativas regionais no dia 04 de fevereiro, e foi indigitado como
presidente do XIV Governo Regional dos Açores, no dia 20, falava à saída
de uma reunião com o representante da República para os Açores, em
Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, em que entregou a composição no
novo executivo.Os decretos de nomeação de
José Manuel Bolieiro como presidente do Governo Regional e dos restantes
membros do governo serão publicados em Diário da República na
segunda-feira de manhã e à tarde o executivo tomará posse perante a
Assembleia Legislativa da Região.O novo
Governo Regional dos Açores mantém a mesma dimensão do anterior, que
tomou posse em 2020, liderado igualmente por José Manuel Bolieiro, numa
coligação pós-eleitoral entre PSD, CDS-PP e PPM.Apresenta,
no entanto, alterações na orgânica e a saída de dois membros do
executivo (Manuel São João no Mar e Pescas e Pedro Faria e Castro na
subsecretaria da Presidência) e a entrada de outros dois membros (Mário
Rui Pinho para o Mar e Pescas e Paulo Estêvão para os Assuntos
Parlamentares e Comunidades).Segundo o
presidente do PSD/Açores, a integração no executivo dos líderes dos dois
parceiros de coligação, Artur Lima, do CDS-PP, que se mantém como
vice-presidente, e Paulo Estêvão, do PPM, que terá a pasta dos Assuntos
Parlamentares, é um sinal de coesão da coligação.“A
coligação está coesa e a minha liderança é inequívoca. Há, portanto,
uma liderança na governação, como também na coligação, assumida por mim,
com base na confiança que senti do povo e do eleitor”, frisou.Com
a entrada de Paulo Estêvão no executivo sai o até agora secretário
regional do Mar e Pescas, Manuel São João, que tinha sido indicado pelo
PPM.“São os ajustamentos que tinha de
fazer, considerando também que era meu objetivo não aumentar o número de
membros do governo, garantir um refrescamento e dar este sinal da
coesão da coligação e tenho, pois, um líder de um parceiro de coligação
na governação”, explicou o chefe do executivo.Já
o líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, mantém-se como vice-presidente do
Governo Regional, mas deixa de ter a seu cargo as pastas da Segurança
Social e Habitação.Passa a tutelar a
Cooperação Externa e Económica, bem como as Comunicações e Transição
Digital (que transitam da presidência), e mantém a Ciência e Tecnologia,
que já tutelava.“Queremos desenvolver o
nosso percurso da cooperação e das relações externas numa perspetiva de
identidade, de cooperação institucional, mas igualmente de valor
económico que possa ser um bom contribuinte para o nosso desenvolvimento
para o empreendedorismo e o investimento nos Açores”, sublinhou José
Manuel Bolieiro.Segundo o Estatuto
Político-Administrativo dos Açores, “o presidente do Governo Regional é
nomeado pelo representante da República, tendo em conta os resultados
das eleições para a Assembleia Legislativa, ouvidos os partidos
políticos nela representados”.O executivo
açoriano tem de entregar à Assembleia Legislativa, “no prazo máximo de
10 dias após a tomada de posse”, o programa do Governo Regional, que
“contém as principais orientações políticas e medidas a adotar ou a
propor no exercício da atividade governativa”.O
programa “é submetido para apreciação e votação à Assembleia
Legislativa, que reúne obrigatoriamente para o efeito, até ao 15.º dia
após a posse do Governo Regional” e o debate “não pode exceder três
dias”.