Bolieiro diz que tudo fará para clima de paz social e diálogo nos Açores
13 de mar. de 2024, 12:16
— Lusa/AO Online
“Ser
referencial de estabilidade é sinónimo de responsabilidade. Da nossa
parte, da minha parte, tudo faremos para termos nas nossas ilhas um
clima de paz social, de diálogo, sem abdicarmos das nossas diferenças,
mas fazendo delas apenas um ponto de partida e não um fim em si mesmo”,
afirmou José Manuel Bolieiro.O líder do
executivo açoriano de coligação falava na Assembleia Legislativa da
Região Autónoma dos Açores (ALRAA), na cidade da Horta, na ilha do
Faial, no arranque da discussão do Programa do XIV Governo Regional,
cujo debate deverá estender-se até sexta-feira, segundo a ordem de
trabalhos.Na sua intervenção, referiu que o
ciclo económico e financeiro “é muito exigente e, simultaneamente,
frágil”, sob o ponto de vista financeiro, porque, neste em particular,
“é irrepetível e inadiável”.Depois de
referir que os fundos comunitários e o investimento privado “são
essenciais ao emprego”, vincou que o novo Governo dos Açores
“incentivará o protagonismo da sociedade, para que esta se liberte e
desenvolva o seu real potencial”.“Queremos
canalizar parte significativa dos recursos financeiros disponíveis para
o dinamismo e fortalecimento do tecido empresarial privado e público,
tornando-os mais competitivos. Apostar no apoio ao investimento para a
produção de bens transacionáveis, seja para a exportação, seja para a
substituição de importações”, afirmou.Salientou
também que o Plano de Recuperação e Resiliência e o programa Açores
2030 são oportunidades que a região não pode dar-se “ao luxo de atrasar e
inviabilizar”, daí considerar que o documento hoje apresentado é “um
paradigma de compromisso com os açorianos”, por uma região “solidária e
atrativa, também para o investimento externo”.Bolieiro
referiu depois vários compromissos do executivo, como a valorização das
carreiras dos trabalhadores públicos e privados, o envolvimento dos
jovens, com as famílias, com o sucesso educativo e de formação das
pessoas, entre outros.“Um compromisso com o
progresso e progressivo cumprimento do Acordo de Parceria Estratégica
2023-2028. Um compromisso com o cumprimento do encargo assumido com a
Comissão Europeia, relativo à recuperação da SATA e à privatização da
Azores Airlines, nos termos mais favoráveis à região”, afirmou.Para o presidente do Governo Regional dos Açores, “a estabilidade política, social e laboral é uma exigência para o progresso”.“No
meu entender, a estabilidade política, social e laboral é uma exigência
para o progresso, ao qual o povo açoriano tem direito já e pela sua
ambição de futuro, um futuro mais próspero”, disse José Manuel Bolieiro.Para
o líder do executivo açoriano, “se cada um permanecer na sua
trincheira, então não será capaz de construir a resposta que o futuro
sucesso das democracias e do desenvolvimento reclama”: “E, na verdade, é
muito mais o que nos aproxima do que aquilo que nos afasta de forma
irremediável”.Passado o combate político
da campanha eleitoral, “justifica-se, agora, tratar da confluência de
políticas e objetivos que os distintos programas eleitorais apresentaram
aos açorianos e permitir a devida ponderação proporcional do sufrágio
democrático”.“Temos, pois, com este
Programa do Governo, a oportunidade de pôr de lado o acessório
divergente e concretizar o essencial convergente. E este essencial é a
capacitação para vencer os desafios que a sociedade açoriana enfrenta,
dotando-a dos meios necessários para triunfar, para atingir melhores
índices educativos, sociais, culturais e económicos”, declarou.Bolieiro
evidenciou, ainda, que o Programa do XIV Governo dos Açores assenta em
cinco premissas: as pessoas e as famílias; governação reformista e
consistente; governação baseada no diálogo constante e enriquecedor;
governação que promove a qualificação como elevador social; e governação
que fortalece o tecido empresarial.