Autor: Lusa/AO Online
"Há
um aumento, tendo em conta o ponto de partida em que estamos, o que é
reduzido. Portanto, não há uma criminalidade violenta que seja
verdadeiramente assustadora para as populações", sublinhou José Manuel
Bolieiro.
O líder do executivo açoriano
(PSD/CDS-PP/PPM) falava aos jornalistas após presidir à reunião do
Gabinete Coordenador de Segurança da Região Autónoma dos Açores, em
Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
O
chefe do executivo açoriano adiantou que "os picos de crescimento" que
se notam no arquipélago "têm a ver com a criminalidade ligada aos
estupefacientes e também à informática".
"Reconhecemos
que, no que diz respeito à criminalidade ligada aos estupefacientes e à
informática, há um crescimento, embora não seja anormal no contexto
nacional. Mas há um efetivo crescimento nesta matéria. É bom que
possamos estar vigilantes e atentos naquelas que sejam as exigências de
políticas públicas minimizadoras desse fenómeno", sustentou José Manuel
Bolieiro.
O social-democrata apelou a uma presença policial de proximidade que possa ser "dissuasora da prática criminal".
"De
resto, é uma questão do comportamento pessoal e comunitário perante
algumas circunstâncias. Mas não queria criar um alarme social quanto à
dimensão deste fenómeno que, apesar de estar a aumentar, é reduzido",
vincou.
O presidente do Governo Regional
dos Açores preconizou, ainda, que, sempre que for possível, há que
"reforçar nos serviços periféricos do Estado, em matéria de segurança,
meios e recursos humanos" para "uma maior proximidade e presença que
permita um processo dissuasor da prática criminal".
"Os
Açores têm uma estabilização no sentimento de segurança em geral. E,
por isso, somos uma região com comportamentos no que diz respeito à
criminalidade de perfeita sensação de segurança e de tranquilidade não
só para residentes, como também enquanto destino turístico",
acrescentou.
José Manuel Bolieiro garantiu
que as entidades podem contar com o Governo Regional como "um parceiro
na reivindicação justa de mais meios e recursos" junto do Governo da
República.
"Deixo um público louvor a todas
as forças de segurança e a todas as instituições pelo excelente
trabalho que têm desenvolvido, potenciando a mensagem clara de os Açores
serem uma terra de segurança e de bom controlo, apesar do aumento da
procura que se verifica pelo destino turístico açoriano", assinalou.
Questionado
sobre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o chefe do
executivo açoriano afirmou que, "apesar da instabilidade quanto a
calendários de reorganização", há "um empenho total e sem perturbação"
da missão que o SEF desempenha na Região.