Bolieiro diz que hospital modular é uma solução técnica de excelência
18 de jul. de 2024, 08:36
— Nuno Martins Neves
O Hospital Modular que irá ser construído na zona do heliporto é uma
solução técnica de excelência, defendeu ontem o presidente do Governo
Regional, após a apresentação do projeto a quatro partidos com assento
na Assembleia Legislativa Regional.A sessão de esclarecimento, que
decorreu no Palácio da Conceição, contou com a presença dos partidos que
suportam o executivo de coligação PSD/CDS/PPM, mais o Chega e as
ausências de PS, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e PAN.Aos
jornalistas, José Manuel Bolieiro justificou a opção do executivo
regional pela instalação do hospital modular, dizendo que está assente
em questões técnicas.“Não fazemos por intuição. Nós munimo-nos da
especialidade técnica, científica, do saber de experiência feito dos
profissionais que nos encaminharam para esta solução. Ela está fundada
naqueles que sabem da matéria”.Para Bolieiro, existe um “planeamento
estratégico a longo prazo” para que a região fique dotada de uma
unidade hospitalar de qualidade, “que, não sendo um novo hospital, terá
características de hospital novo porque é o hospital mais importante dos
Açores”.Questionado por quanto tempo durará a opção pelo Hospital
Modular, o responsável máximo pelo Governo Regional refere que, apesar
da infraestrutura ter condições para ser definitiva, “a nossa opção é
que será transitória para aquele hospital, mas que tem características
de enorme e longa duração para outra utilização e para reforço da
capacitação na ilha de São Miguel e nos Açores”.Sobre a ausência dos
partidos de oposição, que à Antena 1 Açores lamentaram não terem sido
envolvidos no processo, Bolieiro lamenta, mas prefere “saudar os que
estiveram presentes, abertos a fazer parte das soluções e não apenas dos
problemas”.Chega manterá a fiscalizaçãoO Chega/Açores foi o
único partido - além dos que suportam o executivo regional - que marcou
presença na apresentação do projeto do Hospital Modular, com os
deputados José Pacheco e Olivéria Santos. Aos jornalistas, o líder do
Chega considerou que a opção “é a possível” e assegurou que não deixará
de fiscalizar a atuação do governo, para evitar que “aquilo que é
provisório nunca se poderá tornar definitivo”.José Pacheco
considerou ainda que o Governo Regional tem de ser mais lesto a atuar:
“Não podemos ser como a China, que construiu um hospital em 10 dias.
Acho que se podia ter menos estudo e mais ação. Temos de aprender a ser
mais rápidos nas soluções”.Pelo PSD, a deputada Délia Melo destacou a
“alta qualidade” da opção apresentada pelo Governo Regional dos Açores.
Para a parlamentar, o aspeto mais importante prende-se com o facto da
concentração de diversos serviços, que se encontram dispersos pela ilha,
no perímetro do hospital.“Esperamos que depois de estar em
funcionamento esta solução transitória do hospital modular se possa
começar a pensar num plano de recuperação das listas de espera”.Pedro
Pinto, do CDS, também destacou o facto da concentração no perímetro do
HDES, que vai permitir “otimizar os serviços”, sendo a “melhor opção
possível”.Apesar de presente na apresentação, o deputado do PPM, João Mendonça, optou por não falar à comunicação social.