Autor: Nuno Martins Neves
O Hospital Modular que irá ser construído na zona do heliporto é uma solução técnica de excelência, defendeu ontem o presidente do Governo Regional, após a apresentação do projeto a quatro partidos com assento na Assembleia Legislativa Regional.
A sessão de esclarecimento, que decorreu no Palácio da Conceição, contou com a presença dos partidos que suportam o executivo de coligação PSD/CDS/PPM, mais o Chega e as ausências de PS, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e PAN.
Aos jornalistas, José Manuel Bolieiro justificou a opção do executivo regional pela instalação do hospital modular, dizendo que está assente em questões técnicas.
“Não fazemos por intuição. Nós munimo-nos da especialidade técnica, científica, do saber de experiência feito dos profissionais que nos encaminharam para esta solução. Ela está fundada naqueles que sabem da matéria”.
Para Bolieiro, existe um “planeamento estratégico a longo prazo” para que a região fique dotada de uma unidade hospitalar de qualidade, “que, não sendo um novo hospital, terá características de hospital novo porque é o hospital mais importante dos Açores”.
Questionado por quanto tempo durará a opção pelo Hospital Modular, o responsável máximo pelo Governo Regional refere que, apesar da infraestrutura ter condições para ser definitiva, “a nossa opção é que será transitória para aquele hospital, mas que tem características de enorme e longa duração para outra utilização e para reforço da capacitação na ilha de São Miguel e nos Açores”.
Sobre a ausência dos
partidos de oposição, que à Antena 1 Açores lamentaram não terem sido
envolvidos no processo, Bolieiro lamenta, mas prefere “saudar os que
estiveram presentes, abertos a fazer parte das soluções e não apenas dos
problemas”.
Chega manterá a fiscalização
O Chega/Açores foi o único partido - além dos que suportam o executivo regional - que marcou presença na apresentação do projeto do Hospital Modular, com os deputados José Pacheco e Olivéria Santos. Aos jornalistas, o líder do Chega considerou que a opção “é a possível” e assegurou que não deixará de fiscalizar a atuação do governo, para evitar que “aquilo que é provisório nunca se poderá tornar definitivo”.
José Pacheco considerou ainda que o Governo Regional tem de ser mais lesto a atuar: “Não podemos ser como a China, que construiu um hospital em 10 dias. Acho que se podia ter menos estudo e mais ação. Temos de aprender a ser mais rápidos nas soluções”.
Pelo PSD, a deputada Délia Melo destacou a “alta qualidade” da opção apresentada pelo Governo Regional dos Açores. Para a parlamentar, o aspeto mais importante prende-se com o facto da concentração de diversos serviços, que se encontram dispersos pela ilha, no perímetro do hospital.
“Esperamos que depois de estar em
funcionamento esta solução transitória do hospital modular se possa
começar a pensar num plano de recuperação das listas de espera”.
Pedro
Pinto, do CDS, também destacou o facto da concentração no perímetro do
HDES, que vai permitir “otimizar os serviços”, sendo a “melhor opção
possível”.
Apesar de presente na apresentação, o deputado do PPM, João Mendonça, optou por não falar à comunicação social.