Bolieiro diz que é oportunidade para “repor justiça” com regiões autónomas
OE2025
11 de out. de 2024, 16:40
— Lusa/AO Online
Segundo
um comunicado do executivo regional, José Manuel
Bolieiro destaca a necessidade de "uma maior justiça na atribuição das
verbas e receitas próprias às regiões autónomas”.De
acordo com a proposta do OE2025 disponibilizada no ‘site’ da Assembleia
da República, a Região Autónoma dos Açores vai receber 319.276.809
euros, mais 4,2 milhões do que os 315.123.131 euros previstos no
Orçamento do Estado para 2024.Dos 319,3
milhões de euros previstos para o próximo ano, 205.985.038 serão
recebidos pelos Açores ao abrigo do artigo 48.º da Lei das Finanças das
Regiões Autónomas (transferências orçamentais) e 113.291.771 euros no
âmbito do artigo 49.º (fundo de coesão para as regiões
ultraperiféricas).Segundo a nota do
Governo dos Açores, no discurso proferido em Ponta Delgada, na inauguração do novo complexo de cinemas NOS, no
Parque Atlântico, o chefe do executivo açoriano salientou que, “após
anos de dificuldades, é tempo de corrigir as distorções introduzidas
durante a crise financeira, nomeadamente no que respeita à distribuição
das receitas do IVA”.“O OE é uma
oportunidade para repor justiça e demonstrar solidariedade para com as
regiões autónomas", defendeu José Manuel Bolieiro, citado no comunicado.“Está
na hora de, com um exercício orçamental liberto do resgate, repor
justiça, distribuindo o IVA 'per capita', sem qualquer retenção do
diferencial fiscal”, acrescentou.Ainda de
acordo com a nota do executivo regional, José Manuel Bolieiro assegurou
que o Governo dos Açores “continuará a lutar por esta correção,
argumentando que a equidade fiscal e a justa distribuição das receitas
são essenciais para o desenvolvimento equilibrado das regiões
autónomas”.O Governo entregou na
quinta-feira, no parlamento, a proposta de Orçamento do Estado para 2025
(OE2025), que prevê que a economia cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e
um excedente de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e de 0,3%
no próximo.A proposta ainda não tem assegurada a viabilização na generalidade e a votação está marcada para dia 31, no parlamento.