Bolieiro destaca “legado que muito honra a democracia”
10 de set. de 2021, 12:33
— Lusa/AO online
“O
presidente Jorge Sampaio deixa um legado que muito honra a democracia
portuguesa e o prestígio da Presidência da República. Em nome pessoal,
em nome do Governo da Região Autónoma dos Açores, deixamos a nossas
condolências”, declarou Bolieiro, na sede da Presidência do executivo
açoriano em Ponta Delgada.Para
o líder regional, Jorge Sampaio foi uma referência incontornável da
vida cívica” portuguesa, sobretudo no “apoio solidário” aos migrantes.Bolieiro,
eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, destacou ainda a “especial
sensibilidade humanitária” de Jorge Sampaio, que foi capaz de distinguir
o povo português internacionalmente "enquanto povo humanitário e
solidário”.“Renovo
por isso em nome do Governo da Região Autónoma dos Açores e o respeito
por esse luto nacional que agora viveremos após o sue falecimento”,
afirmou o social-democrata.O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.Antes
do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do
princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de
contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido
presos políticos durante a ditadura.Jorge
Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara
Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).Após
a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo
secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a
Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante
da ONU para a Aliança das Civilizações.Atualmente
presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si
em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência
académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens
sem acesso à educação.