Bolieiro apela à “serenidade” em São Jorge e Terceira apesar da sismicidade
5 de mai. de 2023, 16:08
— Lusa/AO Online
“Olhamos
para estes fenómenos da natureza recorrentes nos Açores, sobretudo no
que diz respeito à sismicidade, com uma certa ansiedade, é certo. É
sempre inevitável, face à grandeza e monstruosidade da natureza que
convive com a beleza da mesma. Mas que haja um apelo à serenidade, à
tranquilidade e à confiança. Pela ciência”, disse, na abertura do curso
MRMI - ‘Medical Response to Major Incidents’ (Resposta Médica a
Incidentes Graves) no Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, na
Lagoa.Segundo a informação disponibilizada
pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores
(CIVISA), a atividade sísmica em São Jorge e no vulcão de Santa Bárbara,
na ilha Terceira, “encontra-se acima dos valores normais de
referência”, com o nível de alerta científico V2 (possível reativação do
sistema – sinais de atividade moderada).Na quarta-feira, um sismo de magnitude 2,5 na escala de Richter foi sentido na ilha Terceira, no concelho de Angra do Heroísmo.No sábado, foi sentido naquela ilha um sismo de magnitude 3,6 na escala de Richter.Já
a ilha de São Jorge, entrou em junho de 2022 em alerta V3 (confirmação
da reativação do sistema – sinais de atividade elevada), depois de, em
março daquele ano, ter sido colocada em alerta V4 (ameaça de erupção).Bolieiro
disse estar a “acompanhar o fenómeno” e realçou que o Governo dos
Açores (PSD/CDS-PP/PPM) está “preparado” para estar ao “lado das
populações”.“Não se trata, pois, nem de
uma intuição, nem de um alarme. Nem de um ignorar da situação. Estamos a
acompanhar do ponto de vista científico e estamos preparados, mais uma
vez, conforme a intensidade da necessidade se for revelando, para
estarmos ao lado das populações”, destacou.O
líder do executivo açoriano disse querer “garantir a regularidade” do
curso MRMI na região para potenciar o “conhecimento” nas áreas da saúde e
proteção civil.O secretário da Saúde e
Proteção Civil do Governo da Madeira, Pedro Ramos, frisou a
disponibilidade de estabelecer uma relação que “fortifique os sistemas
de saúde do atlântico”, entre Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.“Continuamos
a fazer história e esta história entre as regiões tem novos capítulos
na área da Saúde e da Proteção Civil. Essa formação do MRMI, com um
modelo de resposta consensual a situações de exceção, é mais um exemplo
destas pontes que estão a ser construídas entre as regiões”, destacou.O
curso MRMI, que teve origem na Madeira, é o único do país com
certificação internacional para a formação de gestão em catástrofe.