Bolieiro alerta que “não está tudo resolvido” na manutenção dos cabos submarinos
19 de dez. de 2022, 18:41
— Lusa/AO Online
“Ainda
não está tudo resolvido. Vamos estar continuamente a acompanhar a
situação. Há uma preocupação que tem a ver com o período entre a vida
útil dos atuais cabos e a instalação dos novos e como se faz
relativamente à manutenção”, avisou.O
líder regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava aos jornalistas após uma
reunião com o município de Vila de Porto, integrada na visita
estatutária do executivo à ilha de Santa Maria.Bolieiro
criticou o “atraso” na substituição dos cabos (cuja vida útil termina
em 2024/2025) e salientou que o executivo realizou uma “pronta e
atempada defesa dos interesses dos Açores” desde o início do processo.“Nós
tivemos uma intervenção crítica relativamente ao processo inicial. O
diretor regional das Comunicações já tornou pública essa posição.
Ficamos satisfeitos com as alterações que fizeram a propósito das nossas
críticas, as dos Açores, relativamente ao projeto”, reforçou.A
13 de dezembro, em declarações à agência Lusa, o diretor regional das
Comunicações e da Transição Digital reivindicou a extensão do prazo de
vida útil dos atuais cabos submarinos, alertando que o “atraso” na
substituição pode provocar anomalias no acesso à internet e nas chamadas
de rede móvel.Pedro Batista avançou que o
Governo Regional foi “intransigente” na possibilidade de a região
depender apenas de uma ligação ao novo sistema, adiantando que o atual
projeto prevê uma amarração na Terceira e outra em São Miguel.O
diretor regional reconheceu que, a partir de 2024 a conectividade
digital entre os Açores e o continente, assegurada pelo sistema
designado Anel CAM, poderá ser afetada.Pedro
Batista defendeu que o “Estado português tem de garantir” que existe a
“capacidade para estender o prazo de vida útil” dos cabos submarinos de
ligações.Na quinta-feira, o ministério das
Infraestruturas defendeu que “este é o momento de implementar”, e “não
alterar”, o projeto de substituição de cabos submarinos de ligação às
regiões autónomas, notando que a conexão interilhas açorianas sempre
esteve prevista para momento posterior.“Três
anos passados do período de discussão ampla que existiu sobre o
projeto, este é o momento é de implementação do projeto e não de
qualquer alteração da sua composição”, defende o gabinete do ministério
das Infraestruturas e Habitação, num esclarecimento à comunicação
social.