Bloco de Esquerda considera limite de custo elegível das passagens "inconstitucional"
26 de set. de 2024, 17:49
— Susete Rodrigues/AO Online
Para António Lima, citado em nota de
imprensa, esta é uma “medida inconstitucional porque foi tomada
sem a audição do parlamento dos Açores”. Apela, por isso, ao
presidente da Assembleia Legislativa dos Açores que suscite a
fiscalização sucessiva junto do Tribunal Constitucional
O deputado do Bloco de Esquerda na
Região, considera que os partidos do governo (PSD, CDS e PPM) e o
Chega são cúmplices deste “atentado ao direito à mobilidade dos
açorianos e das açorianas”, porque recentemente votaram contra
uma proposta do BE, no parlamento dos Açores, que pretendia marcar
uma posição contra a imposição de limites ao atual modelo.
O Bloco não ficou surpreendido com a
medida do Governo da República que foi conhecida esta quinta-feira, até porque o
ministro das Infraestruturas já tinha dito que o seu objetivo era
impor um teto de 600 euros no valor abrangido pelo subsídio social
de mobilidade.
A nota de imprensa do BE/Açores
adianta, ainda, que o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda na
Assembleia da República vai apresentar um projeto de lei (idêntico
ao que o Bloco apresentou nos Açores) para fazer as alterações que
são necessárias ao subsídio social de mobilidade, nomeadamente
“retirar este limite de 600 euros e garantir que os passageiros
residentes nos Açores só pagam, no máximo, 134 euros no ato da
compra do bilhete, acabando com a necessidade de adiantamentos e
posteriores reembolsos”.