Blair considera que radicalismo islâmico continua a ser ameaça
11 de Setembro
6 de set. de 2021, 19:55
— Lusa/AO Online
“Na
minha opinião, o islamismo (radical), tanto ideológico como violento, é
[um risco] de segurança de primeira ordem e, sem controlo chegará até
nós, mesmo se está longe de nós, como ficou demonstrado pelo 11 de
Setembro (de 2001), vincou.O
ex-chefe do governo Trabalhista (1997-2007) falava por ocasião do 20.º
aniversário dos ataques de 11 de setembro em Nova Iorque sobre o perigo
dos extremistas no Royal United Services Institute (RUSI, por sua sigla
em inglês) de Londres, um "think tank" dedicado à defesa e segurança.O
ataque planeado pela organização ‘jihadista’ Al-Qaida há 20 anos contra
as Torres Gémeas do World Trade Center e o Pentágono matou quase 3.000
pessoas. Blair
disse que o radicalismo islâmico, com uma ideologia de "transformar a
religião em doutrina política, apoiada se necessário pela luta armada,
inevitavelmente levou ao conflito com sociedades abertas, modernas e
culturalmente tolerantes".O
ex-primeiro-ministro, que enviou tropas para o Afeganistão após os
ataques de 11 de Setembro, ressaltou que há o perigo de grupos radicais
desenvolverem armas biológicas.“A Covid-19 ensinou-nos sobre patógenos mortais. As possibilidades de
bioterrorismo podem parecer algo de ficção científica, mas seríamos
prudentes se nos preparássemos agora para o possível uso por atores
não-estatais”, avisou.Para
Blair, o radicalismo islâmico opera "em muitas áreas e dimensões", de
modo que, "no final, a sua derrota acontecerá com o confronto da
violência e da ideologia através de uma combinação de poder duro
(militar) e brando (influência)”.