Bispo diz que tempos de crise pedem uma comunicação social “inteiramente livre”

26 de mai. de 2020, 09:16 — Nuno Martins Neves

O Bispo de Angra sublinhou para a necessidade de uma comunicação social “inteiramente livre” nos tempos de crise que correm, devido à pandemia por Covid-19, em que muitos órgãos de informação lutam para sobreviver. D. João Lavrador falou aos fiéis a partir da Sé de Angra, na ilha Terceira, na primeira missa dominical com a presença de fiéis, depois de dois meses de confinamento.O prelado diocesano que é também o Presidente da Comissão Episcopal dos Bens Culturais da Igreja e das Comunicações Sociais, focou a sua mensagem na importância dos órgãos de comunicação social desempenharem bem o seu papel, não caindo nas tentações.“Neste contexto de crise é precisa uma comunicação social livre, que não se cale” afirmou advertindo que, por vezes, “a sobrevivência tem tentações e quando elas existem podem correr-se perigos muito grandes”.“A comunicação social tem de ser inteiramente livre para cumprir o seu desígnio” sublinhou D. João Lavrador, “dando voz a quem não tem voz, estando atenta a quem está excluído”.O Bispo de Angra sublinhou a “exigência desta hora” para que a comunicação seja feita em nome da justiça e da esperança: “Esta é uma hora de grande exigência para a comunicação, que tem de se bater pela justiça, deixando uma palavra de esperança e de responsabilidade, apelando à responsabilidade de cada um pelo bem comum”, contextualizou.