Bispo de Angra apela à ajuda a famílias em dificuldades
21 de mar. de 2023, 08:46
— Rafael Dutra/Paulo Faustino
O Bispo D.Armando Rodrigues, na sua mensagem quaresmal, apelou à
comunidade para ajudar famílias carenciadas, tendo em conta as atuais
dificuldades financeiras e as condições de pobreza existentes na Região
Autónoma dos Açores.O apelo surge tendo em consideração os
“aumentos de juros e o agravamento das prestações que ameaçam a
insolvência de muitas das nossas famílias e até à eventualidade de terem
de entregar as casas ao banco”, e a “falta de recursos suficientes para
a prestação e para o pão”, diz D. Armando Rodrigues, citado em nota de
imprensa do Serviço Diocesano para a Pastoral Social.Por estas
razões, o Bispo de Angra pediu às comunidades eclesiais que “se
organizem para escutar a dor de quem passa por dificuldades e não
consegue pagar a casa e sustentar a família”.Para tal, o Serviço
Diocesano da Pastoral Social recomenda que “se proceda a um levantamento
das famílias que passam por dificuldades, para que, com o empenho dos
cristãos, se encontre respostas para a satisfação das necessidades
básicas e, em conjunto, promovam a sua dignidade e integração social”.Esta
iniciativa, no entanto, tem de partir de cada paróquia. “Se cada
paróquia o fizesse, por exemplo com duas ou três famílias, por
iniciativa de pessoas individuais ou com a partilha comunitária, não se
chegaria a todos, mas já eram umas centenas de atingidos”, sublinha
D.Armando Rodrigues.Este apelo deriva das condições de pobreza e
dificuldades sociais e económicas que as famílias enfrentam neste
momento mais conturbado, relembradas, de resto, pelo organismo
católico:”Dificuldades por que passam tantas famílias dilaceradas e sem
teto nos territórios em guerra e em vastas regiões devastadas pelas
calamidades, pela fome persistente e pela miséria escandalosa”, frisa.Para
finalizar, D. Armando considera que, “mais importante do que salientar
as dificuldades, é empenhar-se na resolução dos problemas”. Acrescenta
ainda: “Que bom seria que cada comunidade tratasse dos seus pobres! A fé
e o hábito de partilharem aumentariam!Na nota, o serviço diocesano
conclui afirmando que tem “certeza de que é possível e necessário
construir um mundo melhor e mais solidário”.