Autor: Rafael Dutra/Paulo Faustino
O Bispo D.Armando Rodrigues, na sua mensagem quaresmal, apelou à comunidade para ajudar famílias carenciadas, tendo em conta as atuais dificuldades financeiras e as condições de pobreza existentes na Região Autónoma dos Açores.
O apelo surge tendo em consideração os “aumentos de juros e o agravamento das prestações que ameaçam a insolvência de muitas das nossas famílias e até à eventualidade de terem de entregar as casas ao banco”, e a “falta de recursos suficientes para a prestação e para o pão”, diz D. Armando Rodrigues, citado em nota de imprensa do Serviço Diocesano para a Pastoral Social.
Por estas razões, o Bispo de Angra pediu às comunidades eclesiais que “se organizem para escutar a dor de quem passa por dificuldades e não consegue pagar a casa e sustentar a família”.
Para tal, o Serviço Diocesano da Pastoral Social recomenda que “se proceda a um levantamento das famílias que passam por dificuldades, para que, com o empenho dos cristãos, se encontre respostas para a satisfação das necessidades básicas e, em conjunto, promovam a sua dignidade e integração social”.
Esta iniciativa, no entanto, tem de partir de cada paróquia. “Se cada paróquia o fizesse, por exemplo com duas ou três famílias, por iniciativa de pessoas individuais ou com a partilha comunitária, não se chegaria a todos, mas já eram umas centenas de atingidos”, sublinha D.Armando Rodrigues.
Este apelo deriva das condições de pobreza e dificuldades sociais e económicas que as famílias enfrentam neste momento mais conturbado, relembradas, de resto, pelo organismo católico:”Dificuldades por que passam tantas famílias dilaceradas e sem teto nos territórios em guerra e em vastas regiões devastadas pelas calamidades, pela fome persistente e pela miséria escandalosa”, frisa.
Para finalizar, D. Armando considera que, “mais importante do que salientar as dificuldades, é empenhar-se na resolução dos problemas”. Acrescenta ainda: “Que bom seria que cada comunidade tratasse dos seus pobres! A fé e o hábito de partilharem aumentariam!
Na nota, o serviço diocesano
conclui afirmando que tem “certeza de que é possível e necessário
construir um mundo melhor e mais solidário”.