Bienal Walk&Talk acontece de setembro a novembro e propõe redescoberta do território
24 de jul. de 2025, 15:10
— Lusa/AO Online
“Sob o tema 'Gestos de Abundância',
durante dois meses – de 25 de setembro a 30 de novembro de 2025 – a
primeira edição da Walk&Talk – Bienal de Artes transforma a ilha de
São Miguel nos Açores num território em movimento, com exposições,
performances, música, encontros, entre múltiplos formatos que convidam à
participação”, adianta em organização em nota de imprensa.Após
14 anos como festival (nasceu em 2011), a Walk&Talk assume, a
partir deste ano, um formato bienal com atividades, sessões e
espetáculos sob a curadoria de Claire Shea (Toronto, Canadá), Fatima
Bintou Rassoul Sy (Dakar, Senegal), Liliana Coutinho (Lisboa) e Jesse
James (Açores), também diretor artístico do evento.“Gestos
de Abundância propõe uma mudança de olhar: da perceção de escassez,
perante a designação dos Açores como um ‘território ultra-periférico’
para uma de abundância em comunidade – não no sentido de excesso, mas
como densidade de relações, saberes e práticas partilhadas”, explicam os
organizadores.Um dos momentos da bienal
será a exposição “Gestos de Abundância” que se vai desdobrar por várias
estações da programação, com obras que pretendem “ativar as diferentes
dimensões do território”.A exposição
resulta do trabalho dos artistas Nadia Belerique, Joana Sá, Jokkoo
Collective, Malala Andrialavidrazana, Helle Siljeholm, Lucy Bleach, José
Pedro Cortes, Sofia Rocha, Meg Stuart, Resolve Collective, Inês Coelho
da Silva & Kita Rancaño Ward, Rafa Bqueer & Soya the Cow, Alice
Visentin, Colectiva Malva, Ebun Sodipo, Walla Capelobo, Mae-Ling Lokko e
Janilda Bartolomeu.O Walk&Talk 2025
vai ser marcado por três momentos: a “Abertura” (25 a 30 de setembro), o
“Simpósio” (07 a 09 de novembro) e o “Encerramento” (28 a 30 de
novembro).“O simpósio é um espaço de
encontro entre artistas, investigadores e pensadores cujas práticas
interrogam e expandem os modos de viver, criar e aprender em comum. É um
momento de reflexão crítica, partilha de práticas e imaginação
coletiva“, lê-se no comunicado.Estão ainda
previstas várias performances, atuações musicais, festas e sessões de
cinema, num cartaz onde a “maioria das atividades tem entrada gratuita”,
apesar de existirem espetáculos e excursões pagas (os bilhetes ainda
não estão disponíveis).“Esta edição da
Bienal convida a redescobrir não o que falta, mas o que existe – ou está
ainda em potência – e, a partir daí, tecer relações que expandem uma
realidade comum e partilhada”.A Walk&Talk é organizada pela associação Anda&Fala, com sede em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.