Biden garante que os EUA não vão entrar em incumprimento
18 de mai. de 2023, 09:46
— Lusa/AO Online
Biden
partiu para uma cimeira do G7 no Japão, mas pretende regressar durante o
fim de semana, com a esperança de aprovar um acordo sólido. As
declarações otimistas de Biden foram feitas ao mesmo tempo que um grupo
de negociadores de topo começaram uma reunião para procurar definir os
contornos finais de um acordo sobre os gastos orçamentais, para abrir
caminho à subida do limite da dívida federal até 01 de junho. Esta
é a data-limite a partir da qual, segundo o Departamento do Tesouro, os
EUA podem começar a não cumprir as suas obrigações e provocar um caos
financeiro. “Estou confiante que vamos
chegar a acordo sobre o orçamento e que os EUA não vão entrar em
incumprimento”, disse Biden, na Sala Roosevelt da Casa Branca.O
democrata Biden e o republicano Kevin McCarthy, presidente da Câmara
dos Representantes, têm trocado acusações sobre o impasse negocial, que
dura há semanas. Mas Biden disse que a última sessão negocial na Casa Branca com os líderes do Congresso foi feita com “todos de boa-fé”. McCarthy
também já se manifestou otimista, se bem que tenha discordado de Biden,
quando este disse que as negociações sobre o orçamento estavam
separadas das relativas ao limite da dívida e que o presidente tinha
“finalmente recuado” na sua recusa de negociar. Biden
afirmou que todos os líderes presentes na reunião, realizada
quinta-feira na Sala Oval – a vice-presidente Kamala Harris, McCarthy, o
líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, o
da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, e o da minoria
republicana neste órgão do Congresso, Mitch McConnell — concordaram que
os EUA têm de cumprir as suas obrigações. Os
comentários positivos de Biden e McCarthy sugerem que acreditam que
podem ganhar o apoio dos congressistas dos respetivos partidos. A
dívida federal ascende a 32,4 biliões (milhão de milhões) de dólares. O
aumento do limite autorizado de endividamento não corresponde a uma
autorização de novas despesas, mas refere-se apenas à autorização de
pagar o que o que Congresso já aprovou. Uma
das condições avançadas pelos republicanos para elevarem o limite da
dívida é a consagração do limite de um por cento no crescimento anual
das verbas do orçamento durante os próximos 10 anos.