Bélgica reforça de novo medidas de combate à pandemia
Covid-19
23 de out. de 2020, 12:50
— Lusa/AO Online
No anúncio das
novas regras, que vigoram até 19 de novembro, o primeiro-ministro da
Bélgica, Alexander de Croo, apelou à responsabilidade individual e aos
comportamentos coletivos dos cidadãos, de modo a evitar o recurso a um
novo confinamento.“É o nosso comportamento
que determina a duração destas medidas. Nenhuma regra, nenhuma lei pode
vencer este vírus, temos de nos tornar uma equipa sólida de 11 milhões
de belgas para o vencer”, disse De Croo, em conferência de imprensa.Ensino
superior, desporto e cultura são as áreas mais visadas pelas novas
regras, que impõem um limite de 20% de presenças de estudantes nas
universidades, com uso obrigatório de máscara.As escolas do ensino primário e secundário continuam abertas a todos os alunos.As
competições desportivas profissionais voltarão a ter lugar sem público,
mesmo que decorram ao ar livre, e as amadoras ficam suspensas, salvo as
dos menores de 18 anos, que poderão continuar a ter lugar, mas com a
presença de apenas um membro da família de cada jogador.No
caso dos eventos culturais, religiosos, associativos e educativos, é
permitido um máximo de 40 pessoas, mas se o espaço permitir que se
cumpra a regra de 1,5 metros de distanciamento físico, podem chegar a um
máximo de 200 pessoas, mantendo-se a obrigatoriedade do uso de máscara.A oferta de transportes públicos é reforçada neste nível 4, para minimizar os ajuntamentos.Estas
medidas acrescem às adotadas há uma semana, como o recolher obrigatório
entre a meia-noite e as 05:00 e o encerramento de restaurantes, bares e
cafés.A Bélgica registou uma média diária
de 10.454 novos casos de covid-19 nos últimos sete dias, mais 69% do
que a da semana passada (6.183), com um total de 270.132 pessoas
infetadas desde o início da pandemia, que causou já 10.588 mortes.A média de hospitalizações é de 350 por dia, segundo os dados de hoje.A
Bélgica é o país da Europa com a segunda maior taxa de incidência por
100.000 habitantes, 874 casos, com a República Checa a encabeçar a lista
com 1.066 casos, e Portugal a meio da tabela, com uma taxa de
incidência de 243 casos.