BE questiona Governo sobre processo de aquisição dos terrenos no bairro de Santa Rita
9 de nov. de 2018, 12:24
— Susete Rodrigues/AO Online
Em comunicado, o Bloco de
Esquerda, explica que “no passado, no bairro de Santa Rita foram
construídas centenas de casas para colmatar a lacuna existente na
oferta de habitação aos militares norte-americanos que se
encontravam a prestar serviço, na base das Lajes. Com a redução do
efetivo militar americano, essas casas foram sendo adquiridas por
cidadãos portugueses, sem que nunca fosse judicialmente resolvida a
aquisição do chão, por parte dos compradores das habitações”.
Recorde-se que o diferendo
entre os proprietários dos terrenos e os proprietários das
habitações levou ao despejo de 14 famílias. Perante esta situação
o BE levou uma “proposta ao parlamento, que foi posteriomente
substituída por uma resolução mais abrangente, que passou a ser
subscrita por todos os partidos, e que visa garantir a permanência
dos moradores do bairro de Santa Rita nas suas respetivas habitações,
assegurar que a compra dos terrenos tenha em conta os rendimentos de
cada agregado familiar, garantindo equidade social, e proteger também
os moradores que foram despejados das suas casas, que poderão assim
regressar às suas habitações”, adianta o comunicado.
No requerimento o Grupo
Parlamentar do BE pergunta “dos 4,2 milhões de euros, acordados
para a aquisição dos terrenos pela autarquia, qual o valor
expectável resultante da venda dos terrenos aos respetivos
moradores”.
Os deputados do BE querem
saber também se já foi feita a avaliação dos terrenos, se o valor
da avaliação inclui o valor das casas, se o loteamento dos terrenos
já foi feito e quem suporta os custos deste loteamento.
“Quais os critérios
sociais considerados associados à aquisição dos terrenos?”,
“Quais as condições que serão dadas aos moradores já despejados
que pretendam regressar ao Bairro de Santa Rita?”, e “Que
participação tem sido garantida aos moradores desde a aprovação
da Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos
Açores?”, são outras questões que o BE quer ver respondidas pelo
Governo Regional.