BE quer contratação urgente de pessoal não docente nas escolas dos Açores
27 de mai. de 2022, 17:20
— Lusa/AO Online
Na
apresentação de um projeto de resolução, António Lima, deputado do BE
no parlamento dos Açores, revelou que “há centenas de trabalhadores ao
abrigo de programas ocupacionais”, mas também “a prazo”, cujos contratos
“já terminaram ou estão em vias de terminar e não podem ser renovados”.“Sendo
estes trabalhadores, essenciais para o funcionamento das escolas, o fim
dos contratos e a não contratação dos trabalhadores necessários,
significa que o início do próximo ano letivo está em risco por falta de
pessoal nas escolas”, alertou António Lima.O deputado disse que “há escolas que poderão não ter sequer funcionários necessários para abrir as portas em segurança”.Em
conferência de imprensa, o coordenador do BE nos Açores, explicou que,
recentemente, o Governo Regional “decidiu alterar os regulamentos de
programas ocupacionais de modo a impedir que estes trabalhadores possam
realizar novo programa ocupacional durante três anos na mesma entidade”,
mas “não abriu até à data concursos públicos para a integração”. Segundo
o BE, “desde janeiro de 2021 e até maio de 2022 foram abertos concursos
para "a integração de 16 assistentes operacionais nas escolas da região
e zero assistentes técnicos"."Assim se vê
que o Governo andou a dormir e parece ainda não perceber, ou finge não
perceber, a gravidade do que está a acontecer, devido às suas decisões
desarticuladas e mal planeadas", afirmou António Lima.De
acordo com o dirigente do BE nos Açores, “a falta” de pessoal não
docente nas escolas dos Açores “está a gerar uma enorme preocupação em
várias comunidades educativas e nos trabalhadores que se vêm sem futuro e
sem perspetivas”.“A falta de pessoal
não-docente nas escolas dos Açores tem sido colmatada ao longo dos anos
pela colocação de trabalhadores ao abrigo de programas ocupacionais,
numa clara utilização de mão-de-obra barata para colmatar necessidades
permanentes”, criticou.O projeto de
resolução do Bloco recomenda que o Governo açoriano, de coligação
PSD/CDS-PP/PPM, proceda à prorrogação extraordinária dos vínculos do
pessoal não docente, entre os quais os trabalhadores ao abrigo de
programas ocupacionais, cujos contratos se encontrem a terminar, pelo
prazo necessário à conclusão dos concursos para a integração dos
trabalhadores e de modo a garantir o início do próximo ano letivo dentro
da normalidade.O BE/Açores defende também
que a contratação permita colmatar necessidades de substituição de
funcionários ausentes por motivos de mobilidade e aposentação ou
reforma.