BE quer consultas de especialidade em ilhas sem hospital com mais regularidade
28 de jul. de 2020, 16:18
— Susete Rodrigues/AO Online
António
Lima, deputado do BE, que visitou o Centro de Saúde de Velas referiu, citado em nota, que a alternativa à deslocação regular de médicos
especialistas às ilhas sem hospital tem sido o recurso à deslocação
de doentes, uma situação que podia muitas vezes ser evitada se
houvesse mais consultas de especialidade na própria ilha.
“Além
de ser um transtorno para os doentes, a deslocação aos hospitais
tem custos acrescidos para o Serviço Regional de Saúde”, o que
não é positivo nem para os doentes, nem para a gestão do dinheiro
público.
As
preocupações do Bloco de Esquerda relativamente à saúde nas ilhas
sem hospital não ficam por aqui. “Há uma elevada rotatividade de
enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e médicos”,
alerta o deputado.
Para
resolver este problema e dar estabilidade aos profissionais de saúde,
é importante criar condições para que se fixem em cada uma das
ilhas, porque só isto permite ter um “conhecimento melhor da
comunidade, e uma melhor integração nas equipas profissionais”.
Em
São Jorge, especificamente, há a necessidade de preparar a
substituição de médicos que estão em vias de sair, quer por
situação de passagem à reforma, quer por outras situações.
“Estes
processos têm que ser feitos atempadamente. Não podemos esperar que
as pessoas se vão embora para iniciar estes procedimentos.
Principalmente porque, agora, devido à pandemia, existe uma maior
dificuldade em contratar profissionais de saúde, porque eles são
procurados por todo o país”, disse o deputado do BE.
António
Lima falou ainda do problema das longas listas de espera para
cirurgias e consultas, que obriga as pessoas a esperar “semanas,
meses ou anos sem fim, por uma consulta”, e que tem implicações
muito complicadas na saúde das pessoas.