BE quer cálculo do apoio à restauração com faturação de 2019 e não deste ano
Covid-19
16 de nov. de 2020, 12:41
— Lusa/AO Online
Catarina Martins
reuniu-se hoje de manhã, por videoconferência devido à pandemia, com a
Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP),
tendo no final, em conferência de imprensa, apresentado “três medida
absolutamente essenciais” para responder a um setor muito fragilizado e
cuja atividade tem sido muito afetada pelas medidas de restrição devido à
pandemia.“Que os apoios que estão em
curso já não tenham em conta a comparação com a faturação no resto do
ano 2020, mas sim com a faturação de 2019. Estamos já com nove meses em
que este setor está a perder, em que não ganha o suficiente para os seus
custos fixos”, começou por propor.Por
outro lado, de acordo com a coordenadora do BE, “é muito importante
haver um programa sobre as rendas destes estabelecimentos”, uma vez que,
“embora a sua atividade esteja reduzida a 0% ou a 50%, estão a pagar as
rendas a 100%”.“Os custos desta pandemia
devem ser repartidos de uma forma justa e o Governo deve ter um programa
que permita reduzir as rendas tendo em conta a redução da faturação e
criar apoios a senhorios ou a rendas nos casos em que isso seja
absolutamente necessário. Não podemos pedir a este setor para pagar
rendas a 100% quando tem a atividade tão reduzida”, defendeu.A
líder bloquista apontou ainda a necessidade de as medidas serem para já
“e não para o futuro”, dando o exemplo daquelas que foram anunciadas no
Orçamento do Estado, como o IVAucher, que são “para um momento de
recuperação”, sendo aquilo de que o setor da restauração precisa é de
“medidas para manter o emprego agora”.“Se o
Governo tem disponibilidade para pensar medidas do ponto de vista
fiscal teria mais sentido fazer, como já fizeram outros países na
Europa, uma redução fiscal para já e não apenas para o futuro”, pediu.Um
dos “grandes problemas” que o BE tem com as medidas que o Governo
apresenta quer no Orçamento do Estado e quer neste momento é o facto do
executivo, segundo Catarina Martins, “continuar a considerar apenas
medidas para a recuperação” quando aquilo que é necessário são “medidas
para aguentar emprego, as empresas”, que ainda não existem.