BE quer alargar manuais escolares gratuitos até ao 12.º ano a todo o país
OE 2019
19 de set. de 2018, 12:09
— Lusa/AO Online
Catarina Martins
visitou esta manhã a Escola Básica Sarah Afonso, em Lisboa, tendo no
final explicado aos jornalistas que o objetivo do partido é "fazer no
resto do país" aquilo que conseguiu na Câmara de Lisboa na área da
educação, por via do acordo com o PS, antecipando que "esse é também o
grande trabalho que o Bloco de Esquerda quer ver neste Orçamento do
Estado" para 2019 (OE2019)."Ficamos
orgulhos do trabalho que o Bloco de Esquerda fez para mudar as
cantinas, acabar com o plástico, ter confeção local e no próprio dia,
estamos orgulhosos de poder garantir em Lisboa manuais gratuitos até ao
12.º ano, por estarmos a transformar os passes e, portanto, o acesso ao
transporte coletivo ser gratuito para as crianças e ser especial para as
famílias", elencou.Assim, no OE2019, o BE quer estender a todo o país estas três medidas que diz ter provado ser possível fazer em Lisboa.Na
visita, a coordenadora do BE esteve acompanhada por Manuel Grilo, o
vereador bloquista na Câmara de Lisboa com pelouro da Educação e
Direitos Sociais, que substitui Ricardo Robles no cargo."Muitas
vezes nós começamos estas conversas e há sempre quem diga que é
impossível fazer diferente do que se fez antes. O que tem vindo a ser
provado é que se tivermos a capacidade de encontrar as soluções e a
determinação de melhorar as condições dos serviços públicos que são para
todos, conseguimos", respondeu, quando questionada se estas medidas são
"linhas vermelhas" para o OE2019.Na
opinião de Catarina Martins, se é possível em Lisboa cantinas sem
plástico e com confeção local, manuais gratuitos até ao 12.º ano e
passes para os transportes coletivos gratuitos para crianças e que
pensem a família reduzindo os preços, "seguramente é possível em todo o
país".Questionada
sobre se este alargamento dos manuais escolares terá de acontecer todo
no OE2019 ou pode surgir de uma forma faseada, a líder bloquista
respondeu que "o princípio de discussão" é que "durante o ensino
obrigatório os manuais devem ser gratuitos", o que quer dizer até ao
12.º ano."A gratuitidade dos manuais e estas medidas são para a escola pública", esclareceu ainda.Sobre
o custo destas propostas no OE2019, Catarina Martins sublinhou que o
orçamento está a ser negociado com o Governo e "a seu tempo as medidas
estão todas contabilizadas", estando a ser a estudado "cada número e a
forma solidária até daquilo que é a responsabilidade do Estado central e
a responsabilidade das autarquias"."Mas,
na verdade, o que foi feito em Lisboa, até agora, provou que muitos dos
números que têm sido atirados para cima da mesa nas negociações dos
anteriores orçamentos seja para mudar cantinas seja para garantir
manuais escolares, não é exatamente assim, ficam por valores muito mais
baixos", adiantou.