BE propõe subsídio de insularidade para elementos das forças de segurança nos Açores
4 de abr. de 2022, 16:53
— Lusa/AO Online
A anteproposta
de lei entregue à Mesa da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos
Açores pretende "acabar com o tratamento desigual que atualmente se
verifica entre as várias forças de segurança, atenuar os custos da
insularidade, e incentivar a colocação de mais elementos das forças de
segurança nos Açores", lê-se numa nota enviada às redações.A
proposta do BE defende que esse subsídio seja atribuído aos elementos
da Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Polícia
Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima e
Corpo da Guarda Prisional. No documento, o
BE salienta que “os custos subjacentes à condição insular são
unanimemente reconhecidos e justificam medidas compensadoras” nos
Açores, como a existência de um sistema fiscal adaptado, o complemento
regional ao salário mínimo nacional, no setor privado, ou a remuneração
complementar, no setor público."Atualmente,
verifica-se uma incompreensível desigualdade de tratamento entre as
várias forças de segurança relativamente ao subsídio de insularidade.
Uma discriminação que o Bloco pretende corrigir com esta proposta
abrangente", justifica o partido.O Bloco
alerta ainda para a “inexplicável e insustentada desigualdade de
tratamento” que faz com que, por exemplo, "na PSP, apenas os elementos
colocados em Santa Maria recebam subsídio de insularidade, e na PJ,
recebam apenas os elementos que estão em comissão de serviço".“Sem
o reconhecimento da condição de insularidade a todos os elementos das
forças de segurança colocados na Região Autónoma dos Açores,
independentemente da ilha onde se encontrem ou o caráter dessa
colocação, favorece-se um sistema discricionário”, observa.O
partido sublinha que os serviços prestados pelas forças de segurança
"são uma garantia constitucional e uma responsabilidade do Estado".Caso
a proposta seja aprovada no parlamento dos Açores, terá que ser
posteriormente aprovada na Assembleia da República para que venha a ser
aplicada, indica o BE.