BE propõe reposição salarial da função pública em um ano na região
17 de nov. de 2017, 19:40
— Lusa/AO online
"Numa
região que não tem um problema grave de défice, não tem um problema
grave de dívida pública, não compreendemos que o faseamento do pagamento
que corresponde ao descongelamento das carreiras seja feito em dois
anos, quando a região tem meios para isso e pode fazê-lo durante o ano
de 2018", disse António Lima. O
deputado do BE falava aos jornalistas após uma reunião com o Sindicato
Democrático dos Professores dos Açores, em Ponta Delgada, na ilha de São
Miguel.O
Bloco de Esquerda apresentou uma proposta na Assembleia da República
para que os órgãos de governo próprio das regiões autónomas possam
"optar pelo pagamento dos acréscimos remuneratórios por inteiro a partir
de 01 de janeiro de 2018" ou por outro faseamento.Se
a proposta for aprovada, os Açores poderão contribuir para uma
devolução de rendimentos mais rápida, segundo António Lima, porque têm
"não só autonomia, como também, segundo as contas regionais, meios para
fazer diferente". O
partido vai apresentar uma proposta para que a reposição de salários
seja feita em 2018, no âmbito da discussão das propostas de Plano e
Orçamento regionais, que decorre no final do mês na Assembleia
Legislativa dos Açores, na Horta, Faial.O
BE vai propor ainda que sejam contabilizados para efeitos de progressão
de carreira os sete anos de tempo de serviço congelados aos professores
da região "sem exceção até ao último dia". "Essa
é uma questão de princípio. Não podem ser apagados. É uma carreira que
depende da contagem do tempo, por isso esse tempo de serviço deve ser
contabilizado na íntegra", frisou o deputado do BE, acrescentando que a
forma de pagamento deverá ser negociada com os sindicatos. António
Lima anunciou também uma proposta de combate à precariedade docente,
sublinhando que ainda há "centenas de professores" na região contratados
há mais de três anos, nalguns casos desde há dez anos. "Aquilo
que pretendemos apresentar é uma proposta para a integração destes
professores com mais de três anos de contrato em quadro vinculativo.
Todos compreendem que se no Código do Trabalho qualquer trabalhador
contratado há mais de três anos é integrado, os professores também têm
de ser, não podem ser trabalhadores de segunda que sejam precários toda a
vida", salientou.