BE insiste em proposta para acabar com abate de animais saudáveis nos Açores
5 de jan. de 2021, 16:04
— Lusa/AO Online
Em comunicado, o partido adianta
que a proposta, apresentada em reunião de comissão parlamentar,
"pretende também que, no ato da adoção de animais, seja preenchido um
questionário para aferir as condições e a motivação de quem adota",
visando "garantir uma adoção responsável e evitar situações de posterior
devolução do animal adotado". A proposta
entregue no parlamento prevê um prazo de seis meses para que todas as
autarquias criem as condições e implementem os procedimentos necessários
para acabar com o abate de animais.O BE
lembra que, em 2016, por proposta do PS, o parlamento açoriano decidiu
que o fim do abate de animais seria aplicado na região apenas a partir
de 2022", acrescentando que esteve contra este adiamento de seis anos."Em
2017, o Bloco de Esquerda levou ao parlamento uma proposta para que a
aplicação do fim do abate fosse aplicada a partir de 2018, dando um
prazo razoável para que os municípios pudessem criar as condições
necessárias, nomeadamente o licenciamento de Centros de Recolha Oficial.
Esta proposta foi rejeitada por PS, PSD e PPM, com a abstenção do CDS e
do PCP", acrescenta o partido.Agora, o Bloco insiste na proposta para "tentar acabar com esta prática vergonhosa".Citado
na nota, o deputado e coordenador regional do BE, António Lima,
salienta que "quase todos os municípios dos Açores já têm estas
condições criadas", pelo que "o prazo de seis meses é perfeitamente
ajustado e responsável, não sendo necessário esperar até 2022 para
acabar com o abate de animais".A proposta
do Bloco, segundo a nota do partido, determina ainda que, até à entrada
em vigor da proibição do abate, as câmaras municipais “são responsáveis
por garantir o bem-estar dos animais que estão à sua guarda recorrendo,
se necessário, a parcerias com outras entidades públicas ou privadas
para o cumprimento da legislação em vigor”.A lei que proíbe o abate de animais como medida de controlo da população entrou em vigor em 2018 no continente. A
Região Autónoma da Madeira deixou de abater animais nos canis
municipais em 2016 depois de aprovar a proibição do abate de animais de
companhia e errantes e definiu um programa de esterilização.Já
os municípios da Região Autónoma dos Açores têm até 2022 para se
prepararem para o fim do abate de animais nos canis municipais.