Autor: Lusa/AO online
Em comunicado enviado à agência Lusa, o BE justificou a iniciativa com as "notícias que se têm avolumado nos últimos dias". O partido pretende, designadamente, que o presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas "antecipe a divulgação do relatório anual de contrapartidas militares" e que o documento seja apresentado "publicamente na audição", requerida pelo BE, daquele responsável no Parlamento, ainda sem data marcada. "Os níveis de incumprimento conhecidos não encontram paralelo na Administração Pública, e não se limitando apenas ao contrato de aquisição dos submarinos, registando-se taxas médias de execução inferiores a 30 por cento nos contratos atualmente em vigor - no valor de 2956 milhões de euros. Apenas 800 milhões, dos quase 3000 milhões de euros contratualizados, estão a ser cumpridos. O BE pretende, assim, conhecer a evolução da relação contratual e do cumprimento dos contratos de contrapartidas", lê-se no comunicado. A revista alemã Der Spiegel noticiou na terça feira que um cônsul honorário de Portugal, que não identificou, teria recebido um suborno de 1,6 milhões de euros da Ferrostaal para ajudar a concretizar a compra de dois submarinos pelo Estado português em 2004. Na quarta feira, o Governo português suspendeu o cônsul honorário de Portugal em Munique, Jurgen Adolff. O cônsul honorário de Portugal em Munique, indiciado por tráfico de influências e corrupção no caso dos submarinos, disse quinta feira à Lusa desconhecer qualquer "pagamento indevido" que tenha existido e repudiou as suspeitas do seu envolvimento.