BE diz que presidente do Governo escreveu "página negra" da história

24 de nov. de 2021, 20:34 — Lusa/AO Online

“O PSD, partido fundador da autonomia, pela mão do atual presidente do Governo [José Manuel Bolieiro], escreve uma página negra da nossa história ao aceitar a chantagem do Chega, partido que fere a autonomia e os valores centrais da democracia”, disse António Lima, na intervenção final do BE antes da votação na generalidade do Plano e Orçamento regionais para 2022, agendada para quinta-feira.Para o bloquista, à frente do destino dos Açores está “um Governo sem projeto que se mantém no poder ligado à máquina e quem tem o poder de a desligar é um partido anti-autonomista, xenófobo e que criminaliza a pobreza”.“Este Governo Regional não passa de uma manta de retalhos que se debate contra si mesma para se manter no poder a todo o custo”, afirmou.Para o BE, está em causa um Governo que aceita que a autonomia seja espezinhada de forma grotesca por um dos partidos que no parlamento o sustenta”.“A transparência, na boca deste Governo é palavra vã e ser troca-tintas é a sua essência”, criticou.De acordo com o BE, “o Governo, com dinheiros públicos, aumentou o apoio às empresas para contratarem trabalhadores precários”.“A região paga e as empresas contratam como querem. Vem depois a público o Governo vangloriar-se de que diminui a precariedade quando 33% dos contratos pagos pelo Governo são precários”, observou.Para o BE, que vai votar contra o Orçamento, “tentar ludibriar os problemas não os resolve”.“Muito menos os resolvem os artifícios propagandísticos como o empolamento dos números dos atos médicos sem doente em cerca de 25.000, para mostrar números positivos na saúde”, alertou.Por outro lado, “na cultura, os agentes culturais são tratados como pedintes e em consequência a cultura é o parente pobre com menos de 0,5% do orçamento”.