BE diz que eleições não eram uma “inevitabilidade” e recusa guerra sobre data
OE/Crise
4 de nov. de 2021, 20:53
— Lusa/AO Online
Numa reação ao anúncio feito esta
noite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que
vai dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas para 30
de janeiro, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, começou
por defender que este desfecho “não era uma inevitabilidade”.
O Presidente da República foi quem,
ainda decorria o processo negocial, ameaçou com a existência de
eleições antecipadas e foi, da parte do Governo, o senhor
primeiro-ministro quem não pretendeu ter no processo de discussão
do Orçamento do Estado, um orçamento capaz de responder ao país.
Da parte do Bloco de Esquerda, nós não desejámos eleições e
sempre tivemos como vontade garantir um orçamento que não faltasse
ao país neste momento fundamental”, criticou.
No entanto, para Pedro Filipe Soares
“nenhum democrata pode ter medo de eleições” e, por isso mesmo,
os bloquistas estão “disponíveis para fazer esse percurso”.
“Da mesma forma que ninguém percebeu
que o senhor primeiro-ministro pretendesse fazer uma crise política
para impedir a valorização de pensões, para garantir direitos a
quem trabalha ou para faltar ao investimento necessário para uma
garantia de qualidade do SNS, também creio que ninguém compreenderá
que se faça uma guerra política em torno da data das eleições ser
uma semana depois, uma semana antes”, respondeu quando questionado
sobre a data escolhida.