BE defende manutenção dos apoios para a retoma da atividade cultural
13 de jul. de 2020, 20:00
— Lusa/AO online
“É
preciso que neste momento os apoios que existem para a cultura se
mantenham de modo e que estas entidades consigam desenvolver as
iniciativas para substituir, de certa forma, as atividades que tiveram
de ser canceladas devido à pandemia, nomeadamente a Maré de Agosto. Mas,
também é preciso que as entidades públicas, seja o Governo Regional,
sejam as autarquias, tenham aqui um papel importante para a retoma da
atividade cultural”, disse o coordenador do BE nos Açores, António Lima.O
grupo parlamentar do BE na Assembleia Regional reuniu-se hoje na ilha
de Santa Maria com a Associação Cultural Maré de Agosto para abordar o
momento do setor cultural nos Açores.O
festival Maré de Agosto, que se realiza todos os anos desde 1984, de
forma ininterrupta, na baía da Praia Formosa, em Santa Maria, é
organizado pela Associação Cultural Maré de Agosto e a edição deste ano
foi cancelada devido à pandemia.“A reunião
teve como objetivo perceber as dificuldades das associações de
dinamização cultural, situação que se estende a todas as entidades que
estão envolvidas na cultura e que a questão da pandemia veio dificultar a
sua atividade com uma série de cancelamentos, inclusive a Maré de
Agosto”, referiu António Lima, em declarações aos jornalistas. Para
o coordenador do BE nos Açores, que é também deputado no parlamento
regional, é preciso promover a dinamização da atividade cultural com
outros moldes e de acordo com as regras de saúde pública que são
necessárias neste momento, devido à situação de pandemia."É
preciso que se promovam iniciativas culturais, porque não se pode
esperar que a população, seja na ilha de Santa Maria, ou seja em
qualquer outra ilha dos Açores, fique sem acesso à cultura durante
potencialmente um ano", disse. "A cultura é
essencial na vida das pessoas. Foi importante para ultrapassar o
período de confinamento e continua a ser importante e é importante que a
cultura retome", sublinhou o coordenador do BE nos Açores, alegando que
este é um setor que "envolve muita gente e várias instituições, desde
associações culturais, bandas filarmónicas, grupos folclóricos" e "um
conjunto de empresas que prestam serviços na área da cultura para a
organização de espetáculos".No seu
entender, é, por isso, "fundamental que todas estas entidades tenham
atividade para que possam continuar a subsistir e a sobreviver a esta
fase mais difícil" e para a manutenção "no futuro próximo" dos vários
agentes culturais.Além de todas as
instituições sem fins lucrativos ligadas à área cultural, António Lima
sublinhou que "há também muitas pessoas, artistas e trabalhadores dessas
empresas de organização de eventos que também sobrevivem e vivem da
atividade cultural"."E o melhor que lhes
pode ser dado é que existam iniciativas culturais e que existam alguns
espetáculos adaptados às condições que existem atualmente com o
distanciamento social e todas as regras de segurança de saúde publica. A
cultura é essencial e tem de ser dinamizada e a população precisa que
ela se mantenha mesmo num período de pandemia", realçou.