BE/Açores reivindica apoios para famílias e empresas
Covid-19
14 de jan. de 2021, 11:17
— Lusa/AO Online
“O que é facto é que continuam a
ser anunciadas e implementadas medidas restritivas com forte impacto
social e económico sem que haja qualquer apoio anunciado em simultâneo e
muito menos implementado. Recordo que desde novembro que o Governo
deveria ter implementado um apoio aos pais que tiveram – e continua a
ter – de faltar ao trabalho por encerramento dos estabelecimentos de
ensino”, afirmou o líder da bancada parlamentar do BE, António Lima,
citado em nota de imprensa.A
posição do deputado do BE constou de uma declaração de voto sobre a
renovação do estado de emergência, na reunião da Comissão Permanente da
Assembleia Legislativa dos Açores, que decorreu na noite de terça-feira.O
partido absteve-se, alegando que apesar de reconhecer a necessidade de
imposição de medidas de contenção da pandemia, estas não têm sido
acompanhadas dos devidos apoios às famílias e às empresas.A
Assembleia da República autorizou a nona declaração do estado de
emergência no contexto da pandemia da covid-19, com os votos favoráveis
de PS, PSD, CDS-PP, PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, a
abstenção do BE e os votos contra de PCP, PEV, Chega, Iniciativa
Liberal e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.Para
António Lima, o agravamento da pandemia no país e na Região Autónoma
dos Açores justifica a adoção de medidas de contenção do contágio “que
permitam retirar pressão ao Serviço Regional de Saúde e ao Serviço
Nacional de Saúde e assim salvar vidas”, mas essas medidas têm de ser
“acompanhadas por medidas de apoio às famílias e às empresas, para
manutenção dos postos de trabalho e da coesão social, principalmente
para os setores mais afetados como a restauração e a cultura”.O
deputado bloquista considerou, por outro lado, “absolutamente
inaceitável” que existam alunos “sem acesso a computador e internet”,
numa altura em que todas as escolas de São Miguel implementaram o ensino
à distância, alegando que isso “agrava ainda mais as desigualdades
sociais e coloca em causa o direito das crianças à educação”.António
Lima ressalvou ainda que “todas as medidas de contenção impostas, entre
elas o eventual encerramento de escolas ou de determinados níveis de
ensino, devem ter em conta a opinião dos especialistas, seguindo-a
quando essa se revela consensual, evitando-se decisões sem fundamento
técnico-científico”.