BE/Açores questiona Governo sobre horas extra no hospital da Terceira
29 de dez. de 2022, 15:31
— Lusa
Num requerimento enviado
ao parlamento dos Açores, a estrutura política refere que, “apesar de a
nova tabela com o valor a pagar aos médicos pela realização de trabalho
extraordinário nos hospitais da região ter sido publicada no passado mês
de novembro, os médicos do HSEIT, ao contrário dos seus colegas do
hospital de Ponta Delgada, estão a receber ainda de acordo com a tabela
antiga”. Segundo o Bloco, o conselho de
administração do HSEIT “alegou ter dúvidas sobre a implementação da nova
tabela e apontou a falta de resposta em tempo útil pelo Governo
Regional”, pretendendo-se, por isso, saber “quais as dúvidas técnicas
levantadas e por que razão não foram esclarecidas atempadamente”. A
estrutura questiona o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre se vai
dar indicações ao conselho de administração “para que seja pago
retroativamente aos médicos o valor em falta nos salários que tenham
sido indevidamente processados pelos valores da anterior tabela de
pagamento de horas extraordinárias”.O
partido que também saber para quando está agendada a reunião solicitada
pelo conselho de administração para resolver este problema.O
BE/Açores defende que é “preciso garantir justiça e equidade no
pagamento de remunerações entre profissionais que desempenham as mesmas
funções, nos serviços de urgência dos hospitais da região”, estranhando
que a legislação em vigor tenha suscitado dúvidas apenas à administração
da unidade terceirense. “De qualquer
forma, mais preocupante do que a existência de dúvidas por parte do
conselho de administração é a falta de resposta do Governo Regional em
tempo útil, que leva a que estes médicos estejam a ser prejudicados”,
aponta.Os bloquistas ressalvam que o
Decreto Legislativo Regional 25/2022/A, de 10 de novembro, que procede à
organização do trabalho médico suplementar nos serviços de urgência e
de atendimento permanente do Serviço Regional de Saúde da Região
Autónoma dos Açores, foi “aprovado com o voto contra do Bloco de
Esquerda por, entre outros motivos, não ter sido precedido de qualquer
audição em comissão”.No seu entender, há
“problemas de interpretação” que “poderiam ter sido detetados e evitados
atempadamente caso tivessem sido realizadas audições e pedidos pareces,
por exemplo, aos hospitais e unidades de saúde de ilha, durante o
processo legislativo no parlamento”.