BE/Açores quer todos os trabalhadores das empresas extintas integrados na administração regional
29 de dez. de 2020, 13:53
— Lusa/AO Online
Em
requerimento enviado ao parlamento dos Açores, o BE/Açores pretende que
neste pacote se integrem os trabalhadores com contrato a termo e os que
se encontram ao abrigo de programas ocupacionais.Os
bloquistas solicitam mais explicações sobre o futuro destes
trabalhadores e lamentam que, num “período de enorme crise económica e
social, a falta de explicações do Governo do PSD, CDS e PPM agrave a
incerteza sobre o futuro de muitas famílias”.De
acordo com o BE/Açores, “exigem-se esclarecimentos adicionais por parte
do Governo” dos Açores, apesar das “garantias genéricas deixadas no
parlamento pelo Governo Regional quanto à integração dos trabalhadores
das empresas na administração pública, as eventuais diferenças entre as
carreiras, a existência de situações de precariedade laboral, sejam
devido a contratos a termo, seja devido à existência de trabalhadores ao
abrigo de programas ocupacionais".Os dois
deputados bloquistas com assento na Assembleia Legislativa dos Açores
questionam o Governo Regional se “todos os trabalhadores – mesmo os que
estão em situação de precariedade, como contratados a termo ou programas
ocupacionais – vão ser integrados, se os seus direitos adquiridos serão
assegurados e em que serviços serão integrados os trabalhadores de cada
empresa”.O BE/Açores recorda que
relativamente ao processo de extinção da SPRHI - Sociedade de Promoção e
Reabilitação de Habitação e Infraestruturas, promovida pelo anterior
Governo Regional, socialista, foi uma proposta sua que “garantiu a
integração dos trabalhadores com contrato a termo, em vez de apenas os
trabalhadores do quadro”.Aquela força
política questiona ainda o executivo açoriano sobre quando será entregue
no parlamento a proposta que concretiza a anunciada extinção das
empresas públicas Azorina, Sinaga e Sociedade de Desenvolvimento
Empresarial dos Açores, solicitando dados relativos ao número de
trabalhadores de cada empresa, discriminados por tipo de vínculo
contratual.O secretário regional das
Finanças do novo executivo, Bastos e Silva, já revelou que o Governo
pretende reduzir o peso do setor público empresarial regional e que vai
extinguir a Azorina, a SDEA e a Sinaga, transferindo os trabalhadores
para a Administração Regional.O Programa
do XIII Governo dos Açores defende que o Sector Público Empresarial
Regional (SPER) tem tido "má gestão" e merecerá uma "nova estratégia",
que passará pela sua "racionalização"."Uma
nova estratégia política para o sector público empresarial regional
deve assentar numa clara racionalização deste sector, com a redução da
sua dimensão ou expressão, nomeadamente através da alienação das
participações sociais detidas pela região ou da extinção de empresas
que, pela sua natureza ou função, não devam estar integradas num sector
empresarial regional", refere-se no programa.