BE/Açores quer negociações entre executivo e quadros da Rede de Apoio ao Cidadão
17 de jan. de 2019, 16:44
— Lusa/AO Online
"A
vice-presidência, que tutela a RIAC, recusa-se a retomar a mesa das
negociações para arranjar uma solução e estabelecer um compromisso com
os representantes dos trabalhadores da RIAC, no sentido de valorizar as
suas carreiras por via da criação de uma carreira específica ou através
de uma valorização salarial", lamentou o deputado bloquista Paulo
Mendes, numa declaração política na Assembleia Legislativa dos Açores,
na cidade da Horta.Os
quadros da RIAC, precisou o deputado, "emitem cartões de cidadão,
passaportes, pagam pensões, prestam apoio no preenchimento de
declarações de rendimentos para o IRS e garantem o acesso aos cidadãos a
diferentes serviços na Administração Pública", merecendo uma
"valorização das carreiras".Numa
outra declaração política no parlamento dos Açores, o deputado do PPM,
Paulo Estêvão, anunciou a intenção de doar à região um espólio de cerca
de 200 objetos "representativos da etnografia da ilha do Corvo, com o
propósito de salvaguardar o que ainda existe" na mais pequena ilha
açoriana. "Entre
eles estão objetos que me pertencem e outros que pertencem a famílias
que os disponibilizaram para integrar exposições referentes à etnografia
da ilha do Corvo", prosseguiu, antes de pedir "duas condições": que o
Governo Regional assegure a manutenção dos objetos e a sua "exposição
pública na ilha do Corvo".Já
o PSD, pelo deputado António Almeida, trouxe a debate multas impostas
pela indústria de laticínios aos produtores de leite da ilha Terceira,
devido ao excesso de produção, acusando o titular da pasta da
Agricultura do executivo socialista, João Ponte, de "nada fazer" sobre o
tema."O
secretário de Agricultura lamenta a situação dos produtores da Terceira,
diz que é uma decisão da indústria que o governo discorda, mas nada
faz", sublinhou o parlamentar social-democrata.E
prosseguiu: "O Governo que anuncia indicadores favoráveis na
agricultura dos Açores, fazendo disso publicidade, é o mesmo governo que
ignora os desastres no setor da produção de leite e lacticínios".O
PS, por seu turno, falou da reforma da autonomia, com o deputado
Francisco Coelho a falar num "grande e bom desafio" que os parlamentares
da região têm pela frente."Temos
consciência que o facto de sermos o grupo maioritário traduz-se, nesta
matéria como em tantas outras, no gostoso fardo de uma responsabilidade
maior, e agiremos em conformidade. Confiando sempre que, no final, o
diálogo frutifique, o consenso se construa e a autonomia se amplie e
reforce. Porque saberemos todos corresponder à dignidade maior que a
empresa exige", vincou.