BE/Açores quer continuidade de intérpretes de língua gestual em São Miguel
6 de mar. de 2019, 13:39
— Lusa/AO Online
"Por incompetência do
Governo Regional, os alunos surdos da ilha de São Miguel estão em risco
de ficar sem intérpretes de Língua Gestual Portuguesa na escola",
denuncia um comunicado enviado às redações pelos bloquistas, liderados
no arquipélago por António Lima.De acordo
com o partido, "o atual contrato de trabalho termina no próximo dia 15
de março, e o Governo Regional propõe a estas profissionais que voltem
aos recibos verdes, reduzindo substancialmente o seu vencimento e
perdendo direitos, como a possibilidade de acesso ao subsídio de
desemprego, caso deixem de trabalhar na escola".O
BE refere que o executivo açoriano "sabia desta situação – até porque
foi formalmente alertado em maio do ano passado pelas próprias
intérpretes – mas, em vez de abrir um concurso público atempadamente",
deixou arrastar o processo, "o que pode comprometer seriamente o
percurso escolar dos alunos surdos".O BE
sublinha que a escola de referência para o ensino bilingue para alunos
surdos em São Miguel é a da freguesia dos Arrifes, em Ponta Delgada, e
aponta que os intérpretes de língua gestual da escola "estão há nove
anos em condições precárias: primeiro a recibos verdes e depois com
contratos a prazo".Os intérpretes são
fundamentais para a educação dos alunos surdos, já que traduzem o
conteúdo de todas as disciplinas e permitem a comunicação com
professores e colegas, lê-se ainda na nota do BE, que vai propor "uma
solução urgente que garanta a continuidade das atuais intérpretes",
através de "condições justas e dignas no que diz respeito aos seus
direitos laborais".