BE/Açores quer combater precariedade na administração regional
27 de mar. de 2024, 17:28
— Lusa
O
deputado do Bloco referiu que o partido, com estas medidas, “cumpre
assim o seu compromisso na luta contra a precariedade e pela defesa dos
aumentos dos rendimentos das famílias”.António
Lima, que prestava declarações após uma reunião com o Sindicato dos
Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, na Horta, ilha do Faial,
afirmou que quer “resolver no imediato a situação dos trabalhadores do
Serviço Regional de Saúde que foram contratados na altura da pandemia de
covid-19, para dar resposta ao aumento do volume de trabalho, mas que,
embora continuem a ser muito necessários, ainda estão com contratos
precários”.De acordo com o também líder do
BE/Açores, “estas centenas de trabalhadores já esperaram demasiado
tempo e esta é uma situação que pode ser resolvida já, ainda antes da
discussão do Orçamento da região”.Na
anterior legislatura, o BE/Açores já tinha apresentado no parlamento dos
Açores com uma proposta sobre esta matéria, que acabou chumbada. O
deputado considerou, sobre a valorização salarial, que se passou por
uma fase em que a “grande maioria das pessoas perdeu poder de compra
devido ao aumento muito forte do custo de vida, seja nas compras do
supermercado, seja na habitação”.O
parlamentar afirmou que a região, na qualidade de entidade patronal,
“tem que dar o exemplo à economia”, explicando que a proposta do Bloco
preconiza um aumento do valor base da remuneração complementar para os
100 euros e o alargamento da abrangência da medida para todos os
trabalhadores que recebem até 2.017 euros.António
Lima recordou que a base da remuneração complementar se situa nos 80
euros e que são abrangidos os trabalhadores que recebem até 1.380 euros
e, quando foi criada, em 2002, a remuneração complementar abrangia os
salários até aos 1.308 euros.“Atualmente,
22 anos depois, a abrangência é de apenas 1.380, “o que quer dizer que
houve uma estagnação”, explicou António Lima.O
aumento da remuneração complementar só pode entrar em vigor depois da
aprovação do Orçamento da região, mas o parlamento tem a capacidade de
discutir e decidir já sobre esta matéria.“O parlamento não pode parar à espera do Orçamento e a região não pode parar à espera do Orçamento”, disse António Lima.