BE/Açores propõe voto em braile e reforço da paridade nas listas para parlamento regional
28 de jan. de 2025, 16:15
— Lusa/AO Online
A
proposta apresentada pelo líder do BE açoriano e deputado único no
parlamento regional, António Lima, tem como objetivo “permitir às
pessoas com deficiência visual a leitura do boletim de voto em braile e
também reforçar o equilíbrio entre o número de homens e mulheres nas
listas de candidatos através do reforço da paridade”.Segundo
um comunicado do partido, a proposta foi anunciada após uma reunião com
a delegação dos Açores da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal
(ACAPO) e pretende introduzir na Lei Eleitoral dos Açores estes dois
aspetos de inclusão que já estão garantidos para outros atos eleitorais
em Portugal.O deputado António Lima,
citado na nota de imprensa, explica que a utilização de uma matriz do
boletim de voto em braile permite que o exercício do voto por parte das
pessoas com deficiência visual “seja exercido de forma independente e
secreta”, sem a necessidade de um acompanhante na cabine de voto.“Esta
preocupação foi transmitida pela ACAPO em plena campanha nas últimas
eleições regionais”, disse, indicando que o BE apresenta a proposta para
dar resposta a uma questão que considera “muito pertinente”.Sobre
a paridade entre homens e mulheres nas listas, António Lima lembrou que
foi o BE, em 2013, “que deu o passo para colocar na Lei Eleitoral do
parlamento dos Açores uma regra para promover um maior equilíbrio nas
listas dos partidos”.Na altura, lembra o
partido, foi definida uma presença mínima de 33,3% de cada sexo, mas
atualmente a legislação nacional já prevê, para todos os atos eleitorais
nacionais, uma representação mínima de 40% de cada sexo.“Está
na hora de dar mais um passo no sentido da igualdade, estabelecendo a
paridade de 40% também na Lei Eleitoral para o parlamento dos Açores”,
vincou o deputado do BE/Açores.António
Lima acredita que as alterações propostas “serão consensuais no
parlamento dos Açores” e também na Assembleia da República.“A luta pela igualdade é muitas vezes difícil, mas é sempre uma luta que vale a pena”, concluiu.