BE/Açores propõe apoio à aquisição de medicamentos em cartão pré-pago
18 de fev. de 2019, 17:00
— Lusa/AO Online
“Com
esta alteração, os beneficiários deixarão de adiantar o dinheiro e
ficar à espera do reembolso e, dessa forma, evitamos atrasos no
pagamento do Compamid”, adiantou o deputado do BE Paulo Mendes,
numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo. Criado
em 2008, na sequência de uma proposta do CDS-PP, o Complemento para a
Aquisição de Medicamentos pelos Idosos (Compamid) atribui anualmente um
montante equivalente a 50% da retribuição mínima mensal garantida em
vigor nos Açores a pensionistas cujo rendimento anual não ultrapasse 12
vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida. Segundo
Paulo Mendes, atualmente, os pensionistas pagam os medicamentos e só
depois pedem o reembolso nos serviços de ação social, apresentando as
faturas comprovativas da aquisição, mas os atrasos nos pagamentos são
“sistemáticos e recorrentes”.No
início desta legislatura (2016-2020), o BE apresentou um projeto de
resolução na Assembleia Legislativa dos Açores, que recomendava ao
Governo Regional que pagasse os reembolsos em atraso, mas acabou por o
retirar depois de o executivo açoriano regularizar os pagamentos.O
deputado bloquista disse, no entanto, que o partido continua a receber
“inúmeras queixas” de atrasos, por isso, defendeu a criação de um
mecanismo para evitar estas situações.O
BE vai apresentar, esta semana, um projeto de decreto legislativo
regional que propõe que o apoio monetário seja entregue todos os anos,
no mês de maio, num cartão bancário pré-pago, destinado apenas à
aquisição de medicamentos, semelhante aos cartões utilizados por algumas
empresas para o pagamento do subsídio de alimentação.O
partido vai propor ainda a alteração do conceito de complemento de
pensão para apoio social, para tornar o sistema “mais objetivo”, o que
fará com que o Compamid se passe a chamar Apamid.“O
Compamid na sua forma é tido como um complemento de pensão. Se é um
complemento de pensão, isso obrigaria os pensionistas elegíveis a
usufruir deste mesmo complemento, independentemente de terem ou não a
necessidade de adquirir medicamentos. Assim, em bom rigor, nós alteramos
o conceito de complemento de pensão para apoio social”, avançou o
deputado.