BE/Açores pede ao Governo Regional medidas imediatas para atenuar aumentos
Crise/Energia
1 de abr. de 2022, 17:01
— Lusa/AO Online
"Considerando a
tendência de subida de preços em vários produtos na região, resultante
da atual conjuntura económica internacional, o Bloco considera que devem
ser incluídos mais bens essenciais no regime de preços vigiados para,
se necessário, controlar as margens comercialização e as respetivas
variações, evitando aumentos especulativos", lê-se num comunicado de
imprensa enviado às redações.Relativamente
aos combustíveis, o Bloco considera o Governo Regional "podia ter feito
mais para atenuar o impacto do aumento dos preços dos combustíveis",
nomeadamente "procedendo a uma redução significativa do valor do Imposto
Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), tanto no gasóleo rodoviário como na
gasolina 95". "Infelizmente, o governo está mais preocupado com o ‘deficit’ do que com as condições de vida na região", aponta o partido.O
BE alega que "o Regime Jurídico de Preços na Região Autónoma dos Açores
prevê vários regimes específicos que permitem regular o mercado e
proteger os consumidores".Para o Bloco, a
pandemia de covid-19 "foi um exemplo de como é necessário, em situações
de crise, controlar os efeitos da especulação, que não podem colocar em
causa o acesso geral a produtos essenciais". "Foi
por este motivo que, em 2020, os produtos e dispositivos de proteção
individual foram incluídos no regime de margens de comercialização
fixadas", lembra o BE.O Bloco diz que "foi
este governo do PSD, CDS e PPM, que agora não quer baixar
significativamente o ISP alegando preocupação com o défice, que reduziu
as receitas da Região ao baixar o IRS (Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares) para quem tem salários mais elevados e o IRC
(Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas) para as empresas que
têm mais lucros".O partido critica a
postura dos "mesmos partidos que integram e suportam o Governo Regional
dos Açores", pois "reclamam, a nível nacional, uma grande redução dos
impostos sobre os combustíveis, mas nos Açores, onde governam e o podem
fazer, optam por uma redução residual e pouco significativa".